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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Paralisação na educação

Por risco de falta de merenda e estouro da LRF, governo rejeita conceder aumento a grevistas

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Por risco de falta de merenda e estouro da LRF, governo rejeita conceder aumento a grevistas
O documento encaminhado pelo Executivo ao Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintep), na última terça-feira (04), não foi como os servidores da área esperavam. O governador Mauro Mendes (DEM), mais uma vez, afirmou não ter condições de atender aos pedidos de aumento de salário, já que houve o estouro do limite de gastos com pagamento de pessoal. Além disto, pontua que caso o faça, não haverá dinheiro para merenda e investimentos nas unidades.


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No documento, o governo demonstra que é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (49%), para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos.
 
Conforme as informações apresentadas pelo Estado, o estouro do limite de gastos com pagamento de pessoal, em 61%, torna impossível a concessão do aumento aos professores. Sendo assim, o governo não pode dar o aumento aos profissionais por mera vontade ou para cumprir o estabelecido em lei estadual, pois a lei federal e outras leis estaduais o impedem.
 
O governo ainda apresentou vários cenários que evidenciam a possibilidade ou não da concessão do reajuste, conforme o comportamento da receita e da despesa com pessoal para os próximos anos.
 
“Os órgãos do Poder Executivo estão empenhados em controlar o crescimento da despesa com pessoal e também em promover o crescimento da receita pública para que se consume os melhores cenários para que haja, o mais breve possível, o retorno aos limites de gastos com pessoal e, assim, seja permitido aos profissionais da educação ter o direito ao aumento previsto em lei”, conforme posicionamento do governo.
 
Ainda de acordo com o governo, esse é o compromisso, de não praticar “atos fiscalmente irresponsáveis para impor prejuízos às demais áreas da educação, como a manutenção das escolas, do transporte escolar, da merenda e, ainda, novos investimentos”.
 
No documento, o governo também fez considerações sobre a Revisão Geral Anual e concurso público.

O Sintep alega que a greve, iniciada no dia 27 de maio, exige que o governo assegure direitos e recursos dentro do orçamento da Educação para cumprir com as conquistas da categoria.

Impasse com o governo

Segundo a Secretaria de Gestão, quanto as pautas apresentadas existem impeditivos legais como a Emenda Constitucional 81/2017 (PEC dos Gastos), que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal, a Lei 614/2019 que estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e a Lei Federal 101/2000 (LRF), que define em 49% da Receita Corrente Líquida o limite com gastos de
pessoal.

O último relatório emitido pela Secretaria de Fazenda, do 3º quadrimestre de 2018, aponta que o Estado gastou 57,89% da RCL com despesa de pessoal. Além disso, o Estado passa por uma de suas piores crises financeiras com um déficit acumulado na ordem de R$ 3,5 bilhões.

Em recente entrevista, o governador declarou que o valor pago aos profissionais de educação no Estado é o terceiro melhor no país, mas no ranking nacional que avalia o desempenho entre as demais unidades federativas, o Estado está na 21ª colocação. Segundo o governador, os dados são incompatíveis.
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