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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Apontador do jogo do bicho é detido e afirma que voltou a trabalhar mesmo após prisão de Arcanjo e delator

Foto: Divulgação/PM

Apontador do jogo do bicho é detido e afirma que voltou a trabalhar mesmo após prisão de Arcanjo e delator
Um homem de 61 anos, identificado como Luiz Antônio Pereira, foi detido pela Polícia Militar, na tarde da última quinta-feira (06), no bairro Água Limpa, em Várzea Grande, por realizar apostas do jogo do bicho. Questionado pelas autoridades, ele afirmou que havia parado de operar há uma semana, quando um dos seus chefes havia sido preso na ‘Operação Mantus’, que teve João Arcanjo Ribeiro e Frederico Muller Coutinho como alvos. Porém, após alguns dias, ele retornou à prática.


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Segundo as informações do 4º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe fazia rondas pela região central, quando encontrou um homem em atitude suspeita. Antes de ser abordado, ele tentou jogar um papel no chão e foi constatado que se tratava e ‘jogo do bicho’. Ele apontou o local onde teria feito a aposta e os PMs foram até lá.
 
Luiz Antônio se mostrou nervoso e confessou que estava negociando jogos há três meses. Ele ainda contou que parou com as apostas na semana passada, quando um dos seus chefes foi preso. Porém, retornou à prática nos últimos dias.
 
Durante revista no local, foi encontrada uma quantia em dinheiro trocado e repartido em várias peças do comércio. O montante de R$ 1,5 mil seria para pagar o aluguel do local e o restante do comércio do jogo do bicho (cerca de R$ 500).
 
Os RGs e CPFs encontrados no local, possivelmente foram utilizados como forma de penhora para os jogos. O caso é investigado pela Polícia Civil.

O grupo de João Arcanjo Ribeiro comando o ‘jogo do bicho’ em Mato Grosso há pelo menos 30 anos. Esta é a estimativa feita pela Polícia Civil, que investiga o ex-comendador e o prendeu na quarta-feira (29), durante a ‘Operação Mantus’. O delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e responsável pelo caso acredita que o destino mais correto a ele seria uma prisão federal.
 
João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.
 
No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.
 
Agora, Arcanjo e os outros suspeitos devem responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador.
 
Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.
 
Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.
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