Os membros do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), que estão em greve há 17 dias, fizeram uma nova manifestação na tarde desta quinta-feira (13) e fecharam a ponte Júlio Muller, conhecida como ‘Ponte Velha’, que liga as cidades de Cuiabá e Várzea Grande. O presidente da categoria, Valdeir Pereira, aproveitou para disparar contra o governador Mauro Mendes (DEM).
O ato aconteceu no início da tarde desta quinta-feira e se concentrou na região da ponte velha. Com cartazes e faixas, os manifestantes voltaram a reivindicar suas pautas, que não foram atendidas pelo governador Mauro Mendes.
“Estamos mais uma vez manifestando para dizer que não aceitamos o retrocesso e o estelionato eleitoral do governador Mauro Mendes. Durante as eleições, veio com uma proposta e, agora, muda totalmente o que havia prometido. A necessidade que temos agora é de nos mobilizarmos ainda mais e dizer que não aceitamos isto. A cada dia que o Executivo busca nos oprimir, mais força temos para dizer que não aceitamos a opressão”, disse o presidente.
Valdeir ainda acrescentou que o desafio é dizer para o governo que a educação está em greve. “São falácias dele dizer que as escolas estão retornando. Ele fica perdendo tempo porque precisa apresentar uma proposta para aqueles que estão em greve discutam qualquer tipo de retorno. Não vão minar este movimento, que tem um elemento novo. Se o governo não apresentar o compromisso do retorno do que foi descontado, não voltamos. Isto é falta de compromisso com o cidadão deste Estado”.
A categoria cobra do Governo o cumprimento da Lei 510/2013; pela convocação dos aprovados no Concurso Público 2017, além da infraestrutura para mais de 400 escolas.
A desembargadora Marilsen Andrade Addario, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), proibiu, em decisão liminar nesta quarta-feira (12), que o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) impeça a entrada de alunos e professores nas escolas estaduais ou creches do Estado.
A determinação também proíbe o sindicado de praticar os chamados “piquetes” (tentativa de forçar professores a aderir à greve). Caso a decisão seja descumprida, o Sintep terá que arcar com multa diária de R$ 10 mil. Parte da categoria dos professores está em greve desde o dia 27 de maio.
Greve geral
A greve geral que acontece no próximo dia 14 tem como principal intuito protestar contra a Reforma da Previdência. A ação, caso aprovada, define como idade mínima para aposentadoria 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. O tempo de contribuição do trabalhador também pode aumentar, de 15 para 20 anos. Para receber 100%, será preciso ter contribuído 40 anos.
Já declararam adesão:
Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso (Adunemat)
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat)
Servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema)
Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Sinetran-MT)
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect)
Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep)
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac-MT)
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