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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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POLÍCIA INVESTIGA

'Demorou para a consciência pesar', diz delegado sobre homem que confessou morte de mulher após 25 anos

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

'Demorou para a consciência pesar', diz delegado sobre homem que confessou morte de mulher após 25 anos
O delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça, que investiga o caso de Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, que confessou ter matado e enterrado a esposa há 25 anos, disse que o idoso procurou a Delegacia de Polícia de Sinop (a 480 km de Cuiabá), porque sua consciência teria pesado. “Perguntamos qual teria sido o motivo de ele vir a confessar. Ele disse que teria sido consciência pesada. Demorou quase 25 anos para a consciência ficar pesada”, afirmou em entrevista a TV Centro América.


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Luzinete Leal Militão, de 28 anos, foi assassinada em 1994, pelo marido, motivado por ciúmes, porque ela gostava de sair à noite. De acordo com informações da Polícia Civil, na época, a mulher tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior, e um segundo filho de oito anos, fruto do casamento com o suspeito.

O idoso confessou que matou a mulher com uma barra de ferro, quando ela estava deitada em uma cama e depois finalizou asfixiando a vítima até sua morte. “Ele a matou com um golpe de ferro. Ela não tinha morrido e então ele colocou algodão no nariz e na boca dela. Ela tentou puxar o ar e a espancou na cabeça. Possivelmente ela morreu asfixiada”, completou.

Segundo ele, o corpo da mulher foi enterrado no banheiro da casa que estava em obra, junto com documentos pessoais e jóias, para simular que ela havia fugido com um amante, argumento este que sustentou todos esses anos junto aos dois filhos.

Ainda em depoimento, o suspeito contou que certo tempo depois vendeu o imóvel para uma terceira pessoa. Esse comprador foi identificado e afirmou a Polícia Civil ter comprado a casa dele.

Luzinete Leal Militão de 28 anos, foi morta pelo marido em 1994 em Sinop — Foto: Arquivo pessoal
Vítima: Luzinete Leal Militão, de 28 anos. 

O delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça disse que foi representado junto ao Poder Judiciário por autorização judicial para escavar o local, visando encontrar os restos mortais da vítima, bem como outras provas que possam comprovar a materialidade dos fatos. 

A Polícia Civil também conseguiu encontrar nos arquivos da Delegacia de Sinop, um boletim de ocorrência feito a mão pelo suspeito, no dia 21 de outubro de 1994, narrando o desaparecimento da esposa. 

“A princípio a chance de localizar o corpo da vítima é bem alta. O suspeito disse que resolveu procurar a polícia, pois bateu arrependimento. Mesmo que o homicídio tenha prescrevido, o crime de ocultação de cadáver é permanente, fato esse que o suspeito poderá ser responsabilizado criminalmente”, destacou o delegado.

Os filhos adultos da vítima ficaram sabendo do caso nesta semana.
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