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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Médicos anestesistas de Cuiabá cogitam greve a partir de março

Foto: Reprodução/Assessoria

Câmara Municipal de Cuiabá

Câmara Municipal de Cuiabá

Os médicos anestesistas de Cuiabá cogitam uma greve a partir do dia 10 de março em razão da defasagem da complementação aos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para média complexidade paga aos médicos de sua especialidade. De acordo com o médico José Pinheiro Coelho Filho, presidente da (Anesclin), os valores dessa tabela não são reajustados há mais de quinze anos e para agravar o quadro.

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Segundo o médico, o atual Secretário Municipal de Saúde, Antônio Possas de Carvalho, além de não repassar os valores da complementação, "não abre espaço para negociação". Em razão disso, a categoria anuncia que pleiteia entrar em greve a partir do próximo dia 10 de março, caso não seja atendida em suas reivindicações

Como exemplo da situação delicada que vivem, o médico fez uma comparação com os valores recebidos pelos anestesistas do Santa Helena e os do Novo Pronto Socorro.

Segundo afirmou, para o Hospital Santa Helena foram pagos, referentes aos trabalhos realizados em novembro de 2019, pouco mais de R$ 17 mil por 317 cirurgias realizadas, representando cerca de R$ 53 por cirurgia, em valores brutos. Descontando os impostos, o valor total cai para cerca de R$ 14 mil, que chega a pouco mais de mil reais para cada médico de uma equipe de 11 profissionais.

Para o Pronto Socorro, entretanto, foram destinados, ao mês, R$ 66 mil, o que significa R$ 2,2 mil por dia trabalhado, em plantão de 12 horas. Dr. Pinheiro salienta que essa é a tabela real. "Não são os profissionais do PS que ganham muito, nós do Santa Helena que estamos ganhando muito pouco", disparou o médico.

O vereador Ricardo Saad (PSDB), autor do convite, criticou a postura do Secretário Possas. Para Saad, o Secretário "não tem visão de gestor", porque parece não perceber a injustiça que comete contra os anestesistas.

Olhar Direto entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, que se posicionou por meio de nota.

Veja a íntegra: 

NOTA À IMPRENSA

Sobre as declarações do presidente da Anesclin e do vereador Ricardo Saad a respeito da tabela SUS, o secretário  de Saúde Luiz Antonio Pôssas de Carvalho esclarece que:

1- A tabela SUS é definida pelo Ministério da Saúde. Logo, nem Cuiabá ou qualquer outro município  do Brasil possuem legalidade para aumentar, diminuir ou fazer quaisquer alterações que porventura sejam requeridas pelos médicos ou prestadores de serviços. 

2- A SMS concorda que a tabela está defasada há décadas. Por esta razão, o Município paga o IVQ - Incentivo de Valorização de Qualidade aos prestadores que entregam os serviços pactuados com qualidade.

3- A SMS está finalizando um estudo do IVQ onde fará um encontro de valores pagos às filantrópicas. O objetivo é que a finalidade do IVQ realmente seja destinada aos prestadores que se dedicam à atender com a máxima qualidade e humanização determinados pela gestão Emanuel Pinheiro. 

4- Quanto aos valores pagos ao Santa Helena e ao HMC, é necessário esclarecer que o primeiro tem se enquadrado com louvor aos critérios de humanização de atendimento e parceria do Município. Dedicando-se assim para além das contratualizações - o que tem proporcionado zerar diversas filas. Já com relação ao HMC, o SUS determina que primeiro valorize-se as unidades próprias, seguidas pelas filantrópicas e em último caso as particulares. É o que a gestão Emanuel Pinheiro tem feito. Inclusive, essa derivação às unidades próprias fez com que em apenas um ano a rede SUS Cuiabá tivesse um acréscimo real de 100% de sua capacidade de atendimento. 

5- Com relação a estar aberto às discussões de melhorias, o gestor da Saúde sempre esteve aberto à essa e ou, qualquer outra categoria para debater melhorias a Saúde de Cuiabá. Porém, salienta que não pactua com a prática de monopólio que objetiva a contratação apenas de um prestador encarecendo e inviabilizando a prática da livre concorrência e melhor preço. 

6- Sobre as críticas pessoais do vereador Ricardo Saad ao secretário Pôssas, o gestor salienta que estão sendo rebatidas com muito trabalho frente à pasta, dentre os quais pontua-se a abertura total do HMC que já possibilitou zerar filas em especialidades médicas tais como colonoscopia, ultrassonografia e endoscopia. 

A implantação do SOS AVC que já possibilitou salvar a vida de mais de 350 pessoas, reduzindo os riscos de sequelas graves em 92% para mais de 70% delas.

Válido pontuar ainda que  a capacidade de atendimento em urgência e emergência com a entrega de duas novas UPAS até maio desde ano será dobrada. A gestão já reformou, ampliou e climatizou mais de 40 unidades básicas de Saúde colocando 27 novas equipes odontológicas nessas unidades.  Além disso, implantou a Hora Estendida na Saúde  para  até às 21h. Embora respeite a opinião pessoal do parlamentar esses e muitos outros trabalhos, demonstram que estamos no caminho certo rumo à virada de página da Saúde.

Atualizada às 9h44 do dia 12 de fevereiro. 

 
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