Um dos padres vítima do crime acontecido em Cácers (220km de Cuiabá) na última sexta-feira (10) tinha mal de Parkinson e estava acamado. Ele ficou por horas sob a mira de uma arma, junto à sua cuidadora. Em outro cômodo, no seminário, outros três padres também passaram por torturas físicas e psicológicas.
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A ação que descobriu o crime foi uma parceria entre a Polícia Rodoviária Federal, Polícia de Fronteira, Gefron, Força Tática e o 6o Comando Regional como um todo. O sequestro foi desmantelado porque os criminosos romperam duas barreiras policiais na BR-174, dando sinais de que algo errado estava acontecendo.
“Foi feito a diligência no endereço que constava em um dos veículos, e a guarnição ao deslocau ao local onde estava registrado o veículo, prevendo que teria sido roubado recentemente e que muitos dos bandidos ainda estariam na residência, obtiveram êxito na prisão de três elementos, e um quarto que foi preso posteriormente pela guarnição da Polícia Militar”, explicou o comandante do 6º Comando Regional de Cáceres, coronel José Nildo.
O local era o seminário, que é formado por diversos cômodos. Em um deles, estavam os três padres e, em outro, o quarto padre – acamado - e sua cuidadora. Todos passaram horas de tortura física e psicológica.
Entenda o caso
Informações do 6º Batalhão da Polícia Militar, dois veículos, um Toro e um Argo, romperam duas barreiras policiais na BR-174, dando sinais de que algo errado estava acontecendo. Os policiais, então, fizeram o acompanhamento. Um dos carros seguiu pela mata, e em outro os suspeitos perderam o controle e acabaram capotando. O condutor não foi localizado.
No entanto, os policiais continuaram as buscas pelo local, até que chegaram a uma casa, onde ouviram gritos e choros. Eles entraram e renderam três suspeitos. Um deles tentou fugir pelos fundos, mas foi detido. Na abordagem pessoal, foram encontrados um simulacro de pistola, duas uma munição de calibre 380 e um estojo deflagrado.
No local havia, ainda, mais uma residência, onde outro indivíduo fazia duas pessoas reféns. Uma das vítimas tem mal de Parkinson e estava sob a mira de uma arma. O suspeito armado conseguiu fugir pelos fundos e entrou em uma região de mata fechada.
As vítimas relataram que foram espancadas e torturadas, tiveram que passar os dados bancários e senhas de celular, e que não poderiam falar o que aconteceu para a polícia. Todos possuem inúmeras marcas de espancamento e estavam em estado de choque quando a polícia chegou.
O homem que conseguiu fugir seria de Pontes e Lacerda. O veículo argo foi guinchado. Os suspeitos foram conduzidos com uso de algemas. Após busca, os policiais ainda conseguiram localizar o motorista, que havia fugido pela mata, e ele também foi detido.
Os padres torturados foram Evandro Stefanello, coordenador da Paróquia São Luiz, em Cáceres, padre José da Silva e padre Marcos Campos.
