Olhar Direto

Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

conflito na saúde

Má gestão da saúde causa morte de pacientes

Desapontada com a atual gestão da Saúde em Cuiabá, Eliana Siqueira de Carvalho, médica do PSF (Programa de Saúde Familiar), desabafou que três pacientes morreram nos três últimos meses, devido à ineficácia do sistema da CRV (Central de Regulação de Vagas). E o pior. Segundo  ela, as mortes poderiam ser evitadas se o secretário Luiz Soares, filiado ao PSDB, optasse por aderir a um programa do governo federal.


De acordo com Eliana Carvalho, um dos pacientes precisava de um exame de espirometria, que mede a capacidade pulmonar de uma pessoa, para então conseguir um remédio de alto custo pela saúde pública. O paciente morreu sem conseguir o exame.

Outro paciente precisava de um exame de colonoscopia para, assim como no outro caso, conseguir um remédio de alto custo pela saúde pública. Com a demora exagerada da CRV, o paciente teve de “conseguir dinheiro, mesmo sem ter como  para comprar o remédio".

Eliana Carvalho afirma que o CRV não tem o cuidado de encaminhar os pacientes aos mesmos especialistas quando eles precisam retornar. às consultas, Impedindo, dessa forma, um médico de vir a conhecer profundamente o paciente. Segundo ela, os mais prejudicados são os portadores de doenças crônicas graves, como a diabetes, por exemplo.

“A falta de equipamentos e médicos especializados prejudicam essas pessoas. Não há qualquer ligação entre eles e os médicos que os atendem uma vez apenas”, pontuou a médica.

Para a médica do PSF, se a prefeitura optasse pelo programa federal conhecido por NASF (Núcleo de Apoio a Saúde Familiar), casos como esses seriam evitados. “Existe uma alternativa a esse sistema, mas o secretário não o usa porque não quer e porque é um programa federal do PT”, declarou a médica, sugerindo uma suposta decisão política em preterir o programa.

O NASF é um programa do governo federal que destina verbas para a prefeitura complementar o salário de médicos especialistas darem suporte ao PSF. O complemento serve para que o médico dedique-se apenas, ou ao menos mais tempo, ao SUS, em detrimento de atividades em clinicas privadas.

Segundo Eliana Carvalho, para cada equipe de cinco especialistas do NASF, são destinados R$ 20 mil para a prefeitura complementar os salários. As equipes do NASF prestariam suporte a certo número de PSF's, realizando visitas semanais e, desta forma, conhecendo mais a fundo os pacientes. “Assim o médico não fica pedindo outros e outros exames, porque ela já conhece o paciente, sabe como ele é”, explicou. “Com sete equipes, a prefeitura poderia arrecadar R$ 140 mil, por exemplo,” acrescentou a médica.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet