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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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Sem polarizar

Gisela critica falas machistas de Bolsonaro, mas diz que apoio a Coronel é positivo

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Gisela critica falas machistas de Bolsonaro, mas diz que apoio a Coronel é positivo
A candidata à prefeitura de Cuiabá, ex-superintendente do Procon Gisela Simona (PROS) posicionou-se ao ‘centro’ das discussões, e evitou escolher lados em entrevista ao Olhar Direto na tarde da quarta-feira (30). Ela, que já foi candidata a deputada em 2018, afirmou, inclusive, que não é totalmente contra, nem totalmente a favor, do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


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“Jamais concordo com as falas machistas do presidente, e em Mato Grosso recentemente ele teve uma atitude que parece melhor... quando ele apoia a Coronel Fernanda, que é uma mulher candidata ao Senado, isso mostra algo positivo. Mas o que quero dizer é o seguinte: que o apoio se dá exatamente a algumas bandeiras ou não daquilo que se defende, e nesse sentido que eu penso que a gente tem que se posicionar”, declarou.

Gisela entrou na disputa após ser pré-candidata ao Senado. No pleito municipal, fez alianças com o PDT, que indicou o candidato a vice da chapa, maestro Fabrício Carvalho, e também com o Avante, partido do candidato ao Senado Euclides Ribeiro.

Euclides, apesar de ter assumido um discurso mais neutro nas últimas semanas, chegou a elogiar Bolsonaro em entrevista ao Olhar Direto. Em março, quando tentava lançar candidatura avulsa, se comparou ao presidente da República Jair Bolsonaro, que não está filiado a nenhum partido. Já no início de setembro, afirmou: “Bolsonaro é um patriota. O que ele fez pelo Brasil já dá a ele uma credencial de ser alguém que rompeu com todas as barreiras para que possamos acabar, liquidar essa classe política existente”. Sua crítica ao presidente foi por ele “sempre polarizar”.

Gisela, por outro lado, afirmou que sua admiração ou não depende da situação. “Eu não gosto do extremo. Nem eu defendo Bolsonaro acima de todas as coisas, e nem sou contra Bolsonaro. Naquilo que é possível defendê-lo, e que é correto, eu defendo, naquilo que eu não concordo, eu não concordo”.

Nacionalmente, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) tem como um de seus nomes mais expressivos o do ex-ministro Ciro Gomes, um dos políticos mais críticos a Bolsonaro. Historicamente, um dos fundadores da sigla após a redemocratização foi Leonel Brizola, nome importante da esquerda nacional. Segundo Gisela, sua identificação do partido está na bandeira dos trabalhadores. Já o apoio a Euclides teria se dado após um ‘acordo’ de ele levar as pautas que ela acredita ao Congresso.

“Eu faço parte do PROS, o Partido Republicano da Ordem Social, é um partido que estatuariamente é um partido de centro, e que eu particularmente sou de uma linha também de centro no sentido de não gostar dos extremos, nem no extremo da esquerda, nem o extremo da direita, não sou fanática por nenhuma dessas ideologias, mas eu acredito que tem que ter bom senso, tem que ter equilíbrio, e isso é perfil, inclusive, de um gestor, que acredito que tem porque nós precisamos saber conviver com as diferenças. A democracia exige isso de nós, então dentro desse contexto é que me vejo bem tranquila e confortável numa posição de centro”, afirmou.

Única mulher

Em 301 anos de história, Cuiabá nunca teve uma prefeita mulher. Gisela acredita que sua presença no Palácio Alencastro pode trazer mais ‘sensibilidade’ a determinadas causas, mas, seguindo a linha de estar no centro, evita falar em luta por igualdade de gênero.

“Eu acredito que a presença da mulher, e isso não sou eu que digo, mas é o que os estudos dizem com relação à diferença de comportamento, é trazer um pouco a sensibilidade na gestão. Quando eu falo de sensibilidade na gestão é exatamente esse cuidado maior que a mulher tem com as pessoas, que tem essa sensibilidade maior de compreender o que é o drama de uma mãe numa fila esperando para o filho ser atendido na saúde, o drama, muitas vezes, que você tem de não ter uma creche”, afirma. “O fato de ser mulher faz com que eu tenha, hoje, no plano de governo, um dos eixos voltado pra uma política de valorização da mulher. Nada a ver com gênero, com defesa de gênero, mas uma defesa de um grupo que hoje corresponde a 54% da população”, justifica.

Dentre estes projetos estão, por exemplo, a criação de um hospital da mulher, e a implantação de creches 24 horas por dia. “A mãe trabalhadora precisa desse olhar, dessa sensibilidade, que é essa que faz a diferença o fato hoje de estar me candidatando, acredito que é o momento de Cuiabá ter uma mulher, são 301 anos de história, e nunca ter tido uma mulher prefeita acredito que não é o mais adequado dentro do número de representação feminina que existe”, finaliza.
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