Enfermeiros e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram enviados para fazer a remoção de moradores debilitados do 'Residencial Colinas Douradas', localizado na região do Tarumã, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), na manhã de quarta-feira (16). O local estava sendo ocupado, de forma irregular, por mais de 1.200 famílias.

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No local, há muitas pessoas em situação de vulnerabilidades social como, por exemplo, o idoso Elson Serilho, de 77 anos, (foto em destaque) que possui câncer e vive com mais três pessoas em uma das casas.

A nora é responsável por cuidar do idoso, que quase não consegue se mexer, e precisa ingerir diversos medicamentos diariamente. Sem energia elétrica, ele sofreu com o calor da baixada cuiabana nos últimos dias.

Segundo apurado pela reportagem, a Prefeitura de Várzea Grande enviou alguns enfermeiros para acompanhar a reintegração de posse, caso algum morador enfrente problemas de saúde por conta da situação. A recomendação é que pacientes sejam encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A primeira etapa da reintegração de posse ocorreu na segunda-feira (14), quando a Concessionária Energisa fez o corte da energia elétrica. Na ocasião, a Polícia Federal avisou que os ocupantes teriam que sair até quarta-feira, “por bem ou por mal”.

Sem fé no poder público, os moradores recorreram as orações e se reuniram em um local improvisado para suplicar por uma casa própria. O que não adiantou, pois tiveram que deixar o local como puderam. 

Os empreendimentos habitacionais Colinas Douradas I e II foram iniciados em no ano de 2012 e, quando já se avizinhava a entrega das suas respectivas unidades, houve a sua invasão, em 09/09/2020.

Em 10/09/2020 foi prolatada a primeira decisão pelo Juiz da 1ª Vara Federal e Cível da Seção Judiciária do Mato Grosso, deferindo pedido judicial formulado pela Caixa Econômica Federal, determinando que fosse realizada a reintegração de posse do empreendimento e concedendo o prazo de 10 dias para a desocupação do imóvel.

Foram apresentadas petições pelos advogados dos ocupantes do empreendimento, solicitando a reconsideração da decisão. Contudo, em 30/09/2020, sobreveio nova decisão judicial, desta vez determinando a desocupação imediata do empreendimento habitacional e a reintegração de posse à Caixa Econômica Federal, com a utilização de força policial.

A Polícia Federal empregou o efetivo de 50 policiais federais na ação, que contou também com o apoio da Polícia Militar e dos bombeiros militares.

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