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Domingo, 19 de maio de 2024

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Matupá fechou escola com casos

“Não tenho dúvida de que a volta às aulas pode gerar ainda mais mortes”, diz presidente do Sintep

Foto: Wesley Santiago/Olhar Direto

“Não tenho dúvida de que a volta às aulas pode gerar ainda mais mortes”, diz presidente do Sintep
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Púbico de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, teme que o retorno às salas de aula por parte de professores e alunos possa gerar ainda mais mortes em decorrência do novo coronavírus no Estado. Segundo ele, já houve um exemplo em Matupá de que as unidades não estão prontas para isto. O comandante da categoria pontua também que o Executivo está sendo negligente e irresponsável na forma como está lidando com a questão, em que decisões diferentes são tomadas a cada semana, sem nenhum planejamento.


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“Não tenho duvida que a volta às aulas pode gerar mais mortes. Em Matupá, houve despreparo total do governo. As pessoas tiveram contato com alguém que foi diagnosticado com Covid-19. Ao invés de colocar todos em isolamento, o governo determinou que todos voltassem. Isso demonstra que por parte da pasta, não há conversa com a secretaria de Saúde”, disse Valdeir.
 
O diagnóstico de Covid-19 durante Semana Pedagógica presencial em duas unidades da rede estadual de Matupá, suspendeu as atividades nas seis escolas estaduais no município. Contudo, apenas os professores foram dispensados. As equipes de Apoio, Técnicos e gestores permanecem em atividade. Os casos de contágio foram registrados em uma técnica administrativa educacional e uma professora, nas Escolas Estaduais Cecília Meirelles e Jardim das Flores, respectivamente.
 
Para o presidente do Sintep, os casos notificados de contágio em escolas reafirmam o que o sindicato tem alertado há tempos sobre os riscos com o retorno das atividades presenciais nas unidades escolares. “O governo comunica a suspensão das aulas presenciais cumprindo as orientações da Saúde, mas, paralelamente, promove a aglomeração dos profissionais nas escolas”, ressalta.
 
“Não dá para ter o amadorismo que temos, que negligencia o processo de ensino. Ainda bem que não retornaram as aulas, porque temos um secretário de Saúde com sensatez, que pensa na saúde pública. Se dependesse do governador e do secretário de Educação, teria feito esta insanidade de voltar às salas de aula”, pontuou Valdeir.
 
O presidente também crê que seria possível continuar com as aulas remotas com o mínimo prejuízo aos alunos se o governo não tivesse o que chamou de amadorismo ao lidar com a questão.
 
“Infelizmente, o governo fica jogando para a plateia. Precisaria ter uma decisão. Por exemplo, diga que vai até o meio do ano e dê um suporte aos trabalhadores e estudantes. Querem ficar discutindo a cada mês ou semana. Precisaria ter uma política como em alguns Estados, com um repasse de um valor para que a família tenha a possibilidade de adquirir um plano de internet. Algo que para nós, achamos que é pouco, mas para a família sem renda, pode fazer diferença”, completou Valdeir.
 
Ele ainda comenta que o governo é negligente, porque não tem responsabilidade suficiente para tomar as decisões necessárias e irresponsável, por manter esta incerteza do que irá acontecer. “Se tivéssemos esta decisão da suspensão das aulas em dezembro, os profissionais estavam organizados para hoje não termos este faz de contas que é hoje, já que os estudantes sequer tiveram acesso a esta plataforma que eles dizem que será utilizada”.
 
Greve
 
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Púbico de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, disse que a categoria não descarta cruzar os braços caso o governador Mauro Mendes (DEM) decida pelo retorno das aulas presenciais no Estado, ainda em meio ao crescimento de casos e mortes do novo coronavírus.
 
“Se o governo sinalizar o retorno presencial, a greve não está descartada. Acredito que a categoria já tenha amadurecido as dificuldades, em relação às pessoas que perdemos durante esta pandemia. Com certeza, vão exercer a atividade de paralisação em defesa da vida”, disparou o presidente.
 
No domingo (07), o Sintep encerrou o primeiro Conselho de Representantes (CR) de 2021 com agenda de lutas e encaminhamentos para a Assembleia Geral da categoria, nesta segunda-feira (08). As deliberações apresentaram a defesa da vida, com volta às aulas presenciais apenas com vacinação; pela derrubada do veto ao PLC 36/2020; por ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Fora Mauro Mendes’!
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