Líder da bancada de Mato Grosso em Brasília, o deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade) afirma ser quase certo que o Ministério da Saúde irá requisitar todas as doses da Sputnik V já compradas por alguns estados, como Mato Grosso, que assinou acordo para receber 1,2 milhão de doses, por meio dos consórcios da Amazônia e do Nordeste. Caso isso aconteça, os imunizantes seriam colocados no Programa Nacional de Imunização (PNI) para distribuição a todo o país.
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Apesar da articulação do governador Mauro Mendes (DEM) para que as doses fiquem em Mato Grosso, Leonardo pondera que pouco importa se a vacina será usada exclusivamente para imunizar a população dos estados compradores ou não. “Tem que ser assim mesmo, todos juntos. Não existe essa disputa de ego agora, o que for possível colocar para dentro desse volume nacional é bem vindo e todos agradecem”, disse, durante live do Olhar Direto, nesta sexta-feira (23).
O parlamentar revela que tem acompanhado de perto a tentativa do Consórcio Brasil Central (BrC), que também tem participação de Mato Grosso, de adquirir a vacina russa. Ele conversa com o vice-governador de Brasília, Paco Brito, que é secretário executivo do grupo.
A Procuradoria Geral de Brasília deve entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), requerendo a extensão de decisão que trata sobre a importação excepcional e temporária da Sputnik V, concedida ao estado do Maranhão, para Mato Grosso e aos outros Estados que compõem a aliança. Caso o grupo consiga resultado positivo, o estado teria mais 4 milhões de doses.
De acordo com Leonardo, foi discutido a possibilidade de os governadores ficarem com as doses numa forma de antecipação das vacinas que cada estado terá direito de receber pelo PNI. A tese também foi defendida por Mauro na última reunião com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Mas antes da decisão sobre o destino, estados ainda aguardam A Anvisa decidir sobre a autorização ou não da importação da Sputnik V. O deputado questiona a lentidão da agência federal, mas refuta tese de que haja má vontade e interferência política nesse processo, para não permitir que governadores tenham algum tipo de vantagem política pela conquista.