Após trágico ano de 2020,
quando queimadas destruíram 15% do Pantanal, o Corpo de Bombeiros prepara capacitação para 300 pantaneiros com intuito somar no combate às queimadas que todos os anos assolam a região. Os treinamentos se iniciaram no começo de abril de 2021 e se estenderão durante períodos de estiagem e seca.
Leia também:
Globo Repórter mostra renascimento do bioma devastado por incêndios
De acordo com assessoria, serão dois tipos de curso para capacitar os pantaneiros. O primeiro é de nivelamento para ensinar técnicas e habilidades em tomar as primeiras medidas de combate até a chegada dos bombeiros.
O segundo curso visa formar brigadistas, em torno de 60 pantaneiros, que ficarão divididos em duas equipes instaladas na região de Porto Cercado e outra em São Pedro de Joselândia.
Com objetivo de uniformizar os protocolos de atendimento e a comunicação entre os pantaneiros e o corpo de bombeiros, o curso de nivelamento terá duração de 16 horas com instruções e atividades teóricas e práticas.
Confecção dos aceiros, manutenção de maquinários, organização dos funcionários de fazendas e a comunicação entre moradores e bombeiros são objetivos a se alcançar com a capacitação.
Apresentação dos temas e troca de experiências entre os pantaneiros, que passarão seus conhecimentos da região e os peritos do Corpo de Bombeiros, com conhecimentos seus técnicos, serão viabilizados durante o processo.
Desde que o Pantanal sofreu a perda de 15% do seu bioma para as queimadas, no ano de 2020, o grupo ‘Guardiões do Pantanal’, composto por integrantes das cadeias produtivas do Pantanal Mato-grossense, cobrou ações desse tipo com objetivo de somar no combate às tragédias ambientais que todo ano assolam o local.
O presidente do Sindicato Rural de Poconé e membro do grupo Guardiões do Pantanal, Raul Santos Neto classifica a capacitação como uma ação revolucionária e necessária para a região.
"Os bombeiros do batalhão foram muito atenciosos. Eles tiveram que se aperfeiçoar para serem multiplicadores e mudar toda estratégia de ensino para se adaptar às limitações trazidas pela covid. Nós só temos a agradecer", avalia Raul.
