Governador de Mato Grosso por um dia, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou que os deputados não devem votar veto de Mauro Mendes (DEM) a trecho do projeto de lei 21/2021, que condiciona o retorno às aulas presenciais à imunização de todos os profissionais das escolas, o que engloba professores e técnicos. O tema foi retirado de pauta na semana passada, com a justificativa de que a Seduc-MT iria reavaliar o retorno dos alunos para as salas.
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De acordo com o governador interino, não há urgência para a análise do veto, já que a secretaria suspendeu o início das aulas em sistema híbrido, mantendo o ensino remoto até o fim deste semestre.
“Não tem votação de vetos hoje, não foi marcado. Vetos novamente serão apreciados daqui uns 30 ou 40 dias. O veto mais importante e mais discutido era o veto da educação e o governador prorrogou o início das aulas. Então se perdeu o objeto da votação rápida desse veto”, disse, durante coletiva à imprensa nesta terça-feira (1º).
Além do adiamento do sistema híbrido, o estado já conseguiu liberação para a vacinação dos profissionais da educação e muitos municípios, como Várzea Grande, Cuiabá e Rondonópolis já iniciaram a imunização desse grupo.
Relação entre Poderes
Max também falou sobre a relação do Legislativo com o Executivo, em relação aos vetos do governador Mauro. Na semana passada, dos dez que estavam em pauta, os deputados derrubaram nove.
O governador interino negou que tal fato case algum prejuízo na relação entre os Poderes, mesmo com a declaração de Mauro, que disse não ter problema com as ‘derrotas’ no Legislativo, já que tem conseguido manter sua decisão ao acionar o Judiciário.
“A Assembleia e o Executivo, são poderes independentes. Aquilo que governador entende por vetar tem a prerrogativa. Aquilo que assembleia entende que tem que derrubar o veto, assim o faz. O governador ainda tem outros meios. O governador Mauro respeita bastante esse espaço. Faz uma conversa republicana com Assembleia e isso faz parte do processo democrático”, pontuou.