Trajando máscaras e ao som de apitos, os conselhos gestores das unidades do PSF (Programa de Saúde Familiar) do Novo Paraíso e Novo Mato Grosso prometem ir, nesta manhã (08), à Câmara Municipal de Vereadores acompanhados de 50 usuários, a fim de pedir providencias para solucionar o caos instalado na saúde pública em Cuiabá. Os presidentes de cada conselho devem falar durante a tribuna livre.

È mais um capítulo do conflito travado entre os médicos e a gestão da saúde municipal, que culminou no pedido de demissão de 66 médicos da rede pública da capital. Entre os profissionais com pedido de desligamento estão 22 cirurgiões do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Os outros 44 se dividem entre pediatras da mesma unidade de pronto atendimento e clínicos das unidades de PSF.

Os motivos para a exoneração variam entre a falta de condições do exercício pleno da medicina, difícil relacionamento com o secretário de Saúde, Luiz Soares, e reivindicações salariais.

 O Conselho Gestor é um órgão colegiado que existe, ou deveria existir em cada unidade de saúde e é composto de aproximadamente 12 pessoas, sendo 50% de usuários daquela unidade, 25% de representantes de trabalhadores e 25% de gestores e se reúnem mensalmente para discutir e avaliar as ações de cada unidade de saúde.

Paralisação
Desde segunda-feira (07), os médicos da capital estão com as atividades paralisadas, mantendo apenas os serviços de urgência e emergência. Os cirurgiões, pediatras e clínicos do HPSMC e outras unidades que já pediram demissão, manterão o atendimento a população em casos de risco iminente de morte.

A paralisação deve continuar até a prefeitura enviar aos médicos alguma proposta que correspondam as exigências da classe.