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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Fim do mês

Delegados serão ouvidos como testemunhas sobre suposto uso político da Defaz contra Emanuel Pinheiro

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Delegado Flávio Henrique Stringueta

Delegado Flávio Henrique Stringueta

Os delegados de Polícia Civil Flávio Henrique Stringueta, Lindomar Aparecido Tófoli e Anderson Clayton da Cruz e Veiga, foram notificados pela Corregedoria da instituição sobre as datas de suas oitivas sobre a denúncia de um suposto uso da Delegacia Fazendária (Defaz) para prejudicar politicamente o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Todos foram inseridos como testemunhas no caso.


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Stringueta deverá comparecer na sede da Corregedoria no dia 24 de agosto. Já Lindomar Tófoli participará da oitiva dois dias depois. Por fim, no dia 27, é a vez do delegado Anderson Veiga, que era titular da Defaz e hoje está na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Stringueta foi afastado em março deste ano da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), após artigo escrito por ele e publicado em diversos sites da capital, onde ele chamou o  Ministério Público de “instituição imoral”.
 
Lindomar e Anderson Veiga também foram afastados da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor). Ambos estavam na unidade, mas foram afastados no final de 2019, o que causou uma polêmica e até ação na Justiça. Tudo teve início após uma denúncia feita por Emanuel de que o aparelho do Estado estava sendo usado contra ele por motivos políticos.
 
Segundo a acusação de Emanuel Pinheiro, o governo estaria pressionando o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, a abrir procedimentos de investigação contra o prefeito, tanto no bojo da administração da Prefeitura, como em questões relativas à vida pessoal do emedebista
 
Um desentendimento entre a diretoria da Polícia Civil e a Delegacia Fazendária (Defaz) sobre a autonomia que a especializada teria em investigações também foi apontado como motivo da remoção dos delegados Anderson Veiga, titular da unidade e Lindomar Tofoli.
 
Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, à época, o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Demerval Resende, disse que as acusações feitas pelo prefeito são equivocadas e maldosas.
 
Demerval asseverou que não existe nenhum tipo de pressão, intervenção da diretoria em qualquer unidade e nenhuma perseguição a colegas, neste último caso, em razão da transferência de dois delegados da Delegacia Fazendária (Defaz), que já estariam há alguns meses com a designação para outro local pronta.
 
“Acabaram inserindo o meu nome em um contexto injusto, que acaba desmerecendo o trabalho da instituição como um todo, que tem cumprido com suas funções. Que fique muito claro que, da parte da Polícia Civil, não há nenhum tipo de pressão em cima de delegados para que investiguem ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Não trabalhamos investigações direcionadas, que beneficiem alguém politicamente”, disse Demerval.
 
O chefe da Polícia Civil em Mato Grosso explicou sobre a retirada dos delegados Anderson Veiga e Lindomar Tófoli da Delegacia Fazendária (Defaz) e fez questão de ressaltar que não existe qualquer tipo de perseguição aos servidores. As novas designações para os dois teriam sido decididas meses antes de toda a polêmica ser instaurada.
 
“Que fique claro que a diretoria não persegue delegado algum. Se houve mudanças em unidades, como em várias outras, foram por interesse da administração. No caso da Defaz, havia cinco e passou a ter dois delegados, por conta das atribuições serem diminuídas. Assim foi feito e estamos tranquilos quanto às nossas ações. A justificativa foi esta adequação quanto a Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), algo que é de interesse do Ministério da Justiça”.
 
O caso
 
No fim de dezembro, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) apresentou aos presidente e vice-presidente da Assembleia Legislativa uma denúncia de um suposto uso da Delegacia Fazendária (Defaz) para prejudicá-lo politicamente.
 
A Deccor foi criada para atuar em investigações de fraudes ou modalidades de corrupção praticadas na administração pública e em ações de agentes que atuem de forma isolada ou em grupo na lavagem ou ocultação de bens.
 
A criação das Deccor nos Estados está entre os critérios estabelecidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para rateio entre as unidades da federação dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.
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