Uma reunião entre o chefe da equipe Renault, Flavio Briatore, o engenheiro-chefe da escuderia francesa, Pat Symonds, e o piloto Nelsinho Piquet momentos antes do GP da Cingapura de F-1, em 2008, pode ter decretado o acidente do brasileiro durante a prova, segunda reportagem da revista "Autosport".

A escuderia francesa e Piquet, ex-piloto da equipe, são investigados por suposta premeditação da batida para favorecer o outro piloto da equipe, o espanhol Fernando Alonso, que acabou vencendo a prova.

O bicampeão mundial foi para seu pit stop antes de todo mundo, pouco antes da batida. Em seguida, foi beneficiado pela entrada do safety car na pista e acabou mantendo a primeira colocação até o final.

De acordo com a "Autosport", Nelsinho afirmou em depoimentos à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que forçou a batida a pedido de Briatore e Symonds. Ele teria aceitado a decisão por se sentir desconfortável na equipe francesa por não ter renovado seu contrato para a temporada 2009.

Nelsinho falou à FIA, segundo a "Autosport", que foi orientado por Symonds a bater entre as voltas 13 e 14 da prova, na curva 17, o que efetivamente ocorreu.

A revista inglesa diz ainda que a dupla de dirigentes da Renault confirmou à entidade máxima de automobilismo a ocorrência da reunião, mas negou que nela tenha sido feito um pedido para Nelsinho forçar o acidente. Symonds alega inclusive que o próprio Nelsinho teria proposto a manobra para a entrada do safety car, mas diz que a equipe não aceitou a sugestão.

A Renault foi intimada a comparecer à corte da FIA no próximo dia 21, em Paris, na França, para prestar esclarecimentos sobre o episódio.

Caso seja comprovada a fraude, a equipe pode ser multada, suspensa ou excluída da F-1. Nelsinho, que segundo insinuações de Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, foi o responsável pela denúncia, também pode ter sua carreira afetada.