A Águas Cuiabá mais uma vez se torna alvo de reclamações de moradores de Cuiabá, quanto aos serviços prestados pela concessionária cuiabana na capital. Desta vez, a queixa parte dos moradores do edifício Beverly Hills, localizado na Avenida São Sebastião, que tiveram a calçada do prédio onde moram completamente aberta para a instalação de uma rede de esgoto. A obra foi paralisada na sexta-feira (20) devido a constatação de um vazamento no local e até o momento a empresa não finalizou a intervenção. 

Leia também:
Mato Grosso tem 55% menos focos de calor do que agosto do ano passado e menos dias com cidades cobertas por fumaça; veja comparação

“A primeira mudança que ela fez foi a troca da rede que abastece o nosso prédio. Ela fez uma mudança de rede, era uma rede de 300 milímetros, ela nos mudou para uma rede de 50 milímetros. Isso causou um transtorno danado, teve que quebrar asfalto, demoraram, enfim, [mas] fizeram esse serviço”, explica ao Olhar Direto Luís Mauro, síndico do edifício. 



De acordo com Mauro, após a finalização desse procedimento, a segunda obra foi, então, uma nova abertura no asfalto para que fosse feita a instalação de uma rede de esgoto. Com isso, o pavimento foi aberto, porém, após a perfuração, o síndico foi informado pela empresa terceirizada que presta serviços a Águas Cuiabá, que a rede não poderia ser instaurada naquele ponto. Isto porque não haveria espaço.
 
“Mesmo após eles terem cortado o asfalto,eles viram que era impossível implantar a rede de esgoto na rua por quê? Porque a Avenida São Sebastião já tem três redes de abastecimento de água, mais duas redes de águas pluviais e mais uma outra manilha Ou seja, não haveria espaço para que eles implantassem a rede de esgoto na rua”, comenta. 

Nesse cenário de frustrações para os moradores, a empresa, então, decidiu autorizar a abertura de toda a calçada da avenida para que a instalação da rede pudesse ser feita. A perfuração foi iniciada, entretanto, na última sexta-feira (20), ao chegar no ponto da calçada onde fica o edifício Beverly Hills, a Águas Cuiabá constatou a existência de um vazamento na rede de abastecimento da empresa naquela região. 



“Foi aberto o chamado, eu conversei novamente aqui com o encarregado da Águas Cuiabá e eles disseram que estava aguardando a equipe para resolver esse problema. Até agora não veio ninguém, nós estamos com a calçada aberta”, reclama Luís. Além da abertura, o síndico relata que a grama da entrada do prédio foi danificada, assim como outros pontos da calçada. 

"A calçada que eles cortaram foi danificada em diversos pontos, porque eles tiveram que apoiar a máquina para cortar a calçada e abrir a valeta para implantação do esgoto. Eles precisaram apoiar diversas máquinas. A calçada já foi danificada em diversos aspectos. A grama que nós temos na calçada também, ou seja, vou resumir pra você uma palavra: caos”, finaliza. 

Reclamação que também é a mesma do zelador Lucildo, que também trabalha no prédio. Segundo ele, os materiais utilizados pela concessionária não são os melhores. Por isso, ele cobra que a execução do serviço seja feito e a calçada seja restaurada com os mesmo materias do qual era feita antes das obras. 

"Nossa calçada aqui foi feito de um material de primeira, sendo que a calçada toda foi feito gramelich escovado. Eles vem cortando os demais lugares e não retornam o mesmo material. Muito transtorno, tanto poeira né. Teve dia dos moradores não poder sair com seus próprios veículos". 

Outro lado

A Águas Cuiabá, por sua vez, informou à reportagem que o procedimento de vistoria, ao qual o síndico se referiu com a abertura do asfalto, é um procedimento padrão da concessionária e ocorre para averiguar a viabilidade do serviço. Disse ainda que toda intervenção conta com a autorização da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) da capital. 

O gerente de obras da empresa, Kenon Oliveira, esclareceu que o procedimento de quebra do asfalto ocorre devido ao fato de muitas instalações antigas sequer serem mapeadas oficialmente, o que culmina em imprevistos como o ocorrido na na Avenida São Sebastião. Ele disse ainda que as obras na região ocorrem dentro do prazo estabelecido, que tem como previsão de termino meados do mês de setembro. 

No local, moradores do edifício, informaram que funcionários da empresa foram ao local na tarde desta quarta-feira (25) e iniciaram medições para a retomada e finalização do trabalho. 

*Atualizada às 17h34