Um dos jacarés que vive no Parque das Águas foi encontrado morto com sinais de brutalidade, na última segunda-feira (30). O animal chegou a ter a cabeça esmagada. Um boletim de ocorrências foi registrado, para que o caso seja investigado pela Delegacia do Meio Ambiente (Dema). Antes,
chegou-se a cogitar que poderia se tratar do jacaré batizado como Celso, o que foi negado nesta terça-feira (1º) pela prefeitura.
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Em nota, a Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), responsável pelo parque, disse que a equipe encontrou um jacaré morto no lago do Parque das Águas na manhã da última segunda-feira (30).
Ao retirar o animal da água, foi constatado que o jacaré foi agredido e teve a cabeça esmagada, além de apresentar furos pelo corpo.
A diretoria da Limpurb registrou boletim de ocorrência para que o caso seja investigado e as providências cabíveis sejam tomadas. O caso é apurado pela Dema.
A informação de que Celso era quem tinha morrido, fez até o personagem do cotidiano cuiabano, @
xomanoquemoralogoali prestar homenagem em suas redes sociais.
Celso
Celso, como foi carinhosamente batizado pelos frequentadores do Parque das Águas, é constantemente visto nas redes sociais de quem frequenta o local. Ele virou um dos principais atrativos turísticos e muitas pessoas de outras cidades vão até o lago na tentativa de vê-lo ou fotografá-lo.
Certo dia, ele chegou a ser flagrado atravessando a rua que fica ao lado da lagoa na faixa de pedestres.
Em novembro de 2018, um jacaré foi capturado pelo Corpo de Bombeiros próximo a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), para onde o animal tinha ido. Os homens da corporação tiveram dificuldade em removê-lo do local.
O local, que é habitat de cobras, jacarés e capivaras, possui uma área de lazer de 270 mil m². Conta também com 1.500 metros de pista de corrida e caminhada, 1.600 metros de ciclovia, além de dois restaurantes e um Food Park.
Estima-se quatro jacarés de tamanhos diferentes vivam no local.
Maus-tratos a animais é crime. Até setembro de 2020 vigorava a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98, que estabelecia pena previa de três meses a um ano de reclusão, além de multa para abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação animais. Com a sanção da Lei 1.095/2019, a punição aumentou para reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
A população pode auxiliar na conservação do Parque e preservação da fauna e flora local e diante de qualquer irregularidade, deve realizar denúncia via telefone (65) 3645-5500 ou entrar em contato diretamente com a Polícia Militar (190).
Atualizada às 07h47 do dia 1º de setembro de 2021.