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Sábado, 04 de maio de 2024

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conflito na saúde

Prefeitura não tem condições de pagar reajuste pedido por médicos

O secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, o vice-prefeito Francisco Galindo (PTB), afirmou ao Olhar Direto que o piso salarial exigido pelos médicos da rede pública municipal para cessar a paralisação é impraticável. O valor reivindicado é de R$ 8.232, quantia que, de acordo com o secretário, "nenhuma prefeitura no Brasil paga hoje".

O secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, o vice-prefeito Francisco Galindo (PTB), afirmou ao Olhar Direto que o piso salarial exigido pelos médicos da rede pública municipal para cessar a paralisação é impraticável. O valor reivindicado é de R$ 8.232, quantia que, de acordo com o secretário, "nenhuma prefeitura no Brasil paga hoje".


Os médicos paralisaram atividades desde segunda-feira (7), mesmo após uma proposta de negociação do prefeito Wilson Santos (PSDB), com resposta positiva a nove dos 14 itens de reivindicação. De acordo com o Sindimed-MT (Sindicato dos médicos de Mato Grosso), as negociações só prosseguem se o secretário municipal de Saúde, Luiz Soares, for demitido.

Além da paralisação, 66 médicos da rede pública municipal pediram demissão. Destes, 22 são cirurgiões do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá e os restantes se dividem entre pediatras da mesma unidade de pronto atendimento e clínicos das unidades de PSF (Programa de Saúde Familiar). Todos sob a alegação de problemas de relacionamento com Soares, reivindicando melhoria nas condições de trabalho e aumento do piso salarial.

Crítico em relação à insistência dos médicos em manter a paralisação, Galindo declarou que das 14 reivindicações apresentadas pelo Sindimed, seis foram atendidas durante a reunião da comissão páritária, na quinta-feira (3) passada. Outras sete reivindicações estariam sob negociações e apenas a demissão do secretário de Saúde negada plenamente.

Salários

"Qual prefeito não gostaria de pagar esse piso e deixar os médicos felizes?", ponderou o vice prefeito que alega estar com o orçamento da Prefeitura no limite. Segundo ele, a atual média salarial dos médicos está em R$ 4.100 e se este novo piso fosse atendido o custo dos médicos para a prefeitura dobraria.

"E a prefeitura já abriu as portas para eles conferirem como não podemos efetuar este aumento salarial e que estamos trabalhando no limite. Porém eles até agora não nos solicitaram nada", disse Galindo.

Galindo ainda lembra que em 2005, quando prefeito Wilson Santos assumiu a prefeitura, os médicos iniciaram uma manifestação devido aos salários atrasados. "Desde então nunca mais atrasou e também melhorou muito", afirmou o petebista, em relação à criação da data base, que reajusta o salário de acordo com a inflação anual.

Hoje, segundo o vice-prefeito, que já foi diretor do Hospital Geral Universitário por cinco anos, um médico em início de carreira, recebe R$ 3.800 de remuneração final para cumprir 20 horas semanais de plantão no pronto socorro, sem vinculo exclusivo com a prefeitura, ou seja, permitindo outros vínculos. Já um clínico do PSF recebe R$ 6.528,00 por 40 horas semanais.

O petebista reconhece ser apenas R$ 847,20 dessa remuneração final constitui o piso salarial e que todo restante da remuneração é completa por adicionais noturnos, diurnos, insalubridade e pelo Prêmio Saúde. Contudo, ele lembra o fato do piso ter sido ainda menor antes da gestão de Wilson Santos.

Outro ponto citado por Galindo é que os repasses da união para o município este ano se mantém o mesmo do ano de 2008. O executivo estadual também teria sinalizado com a mesma intenção de manter os valores do ano anterior. “Enquanto isso houve inflação e aumento de custos.”

Ética

Questionado sobre a questão ética da paralisação, o vice-prefeito foi categórico: "Se você está prejudicando a população, já não é ético. Não posso falar sobre a reivindicação salarial, é direito deles. Mas paralisação é a última instância e eles começaram por ela".

O vice prefeito ainda enaltece o trabalho da prefeitura a frente da pasta da Saúde. Segundo ele, desde que assumiu, Wilson Santos reformou duas policlínicas, construiu uma nova no bairro Pedra 90 e aumentou de 29 para 63 as unidades de PSF na capital (embora ao menos 11 delas estejam sem médicos).

"Trabalhei com os médicos e sei da sensibilidade deles. Espero que essa sensibilidade os impeça de prejudicar a população só por salários", finalizou.
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