O governador de São Paulo João Dória (PSDB) esteve em Cuiabá na noite de sexta-feira (24), onde conversou com a imprensa local enquanto candidato às prévias de seu partido para a escolha do tucano que será candidato à presidência da República em 2022. Na ocasião, ele criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que ele não é um líder, disse que o PT roubou dinheiro público com o argumento de que ‘os fins justificavam os meios’ e lembrou da vacinação: “Foi meu CPF que assinou essa autorização, porque eu tinha certeza absoluta que era a vacina que salvaria o Brasil, como está salvando”, disparou.
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Dória, que disputa internamente no partido tucano a possibilidade de ser o candidato do grupo nas eleições para presidente da República de 2022, também encontrou o governador Mauro Mendes (DEM) no Palácio Paiaguás e jantou com a cúpula partidária. No sábado (25), Dória participa do evento partidário em um hotel e depois segue para o Tocantins, onde tem agenda no período da tarde.
Além dele, também são candidatos nas prévias do PSDB o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati e o diplomata e político da Amazônia Arthur Virgilio. Leite também esteve em Cuiabá no mês de setembro para se reunir com partidários e com a imprensa.
João Dória afirmou, em coletiva de imprensa, que não quer ser ‘melhor que ninguém’, mas que, caso seja escolhido pelo partido, será um candidato de realidade e não de promessas. “São Paulo tem um conjunto de obras tanto na área econômica quanto na área social que nos coloca numa condição competitiva adequada, e principalmente para confiança de um gestor e não de um prometedor”, afirmou.
“O Brasil não precisa mais de promessas, o Brasil precisa de realizações. Precisa de paz, harmonia, esperança e determinação. O Brasil não pode mais não ter um líder de verdade. Nós não temos um líder de verdade. Lamento aos que, enfim... pensam diferente disso, e eu respeito, mas o Brasil precisa ter um líder, um líder honesto, que saiba fazer gestão pública, que saiba escolher equipe, que saiba comandar conjuntamente e compartilhadamente o governo, como fazemos em São Paulo”, completou Dória.
Além de criticar Bolsonaro, Dória também falou sobre os governos Lula e Dilma, do PT. “Ninguém vai me provar que os fins justificam os meios. Essa foi a grande bandeira do PT durante os governos Lula e Dilma. Roubar o dinheiro público, ainda que você diga que faça um governo social. Não. Faça um governo social, olhe os mais pobres, trabalhe pelos mais humildes, e seja honesto, não roube dinheiro público. O que nós fazemos em São Paulo é um governo honesto, decente e transformador também no plano social, inclusive na vacinação”, argumentou.
“Nós não hesitamos em investir meio bilhão de reais para comprar as primeiras doses de vacinas do Butantã, as primeiras 20 milhões de doses quem bancou foi o Governo de São Paulo, não foi o Governo Federal. E eu não tive hesitação em assumir essa responsabilidade. Foi meu CPF que assinou essa autorização, porque eu tinha certeza absoluta que era a vacina que salvaria o Brasil, como está salvando. Estamos voltando a economia exatamente porque estamos vacinando, não é um acaso. Só lamento que não tenhamos iniciado a vacinação antes, lamento também que o Governo Federal tenha investido comprando cloroquina ao invés de comprar vacinas”, finalizou o governador.
