O secretário de Estado de Saúde, Agostinho Moro, não acredita que a saída de Luiz Soares seja a solução para a crise na saúde em Cuiabá. Ele defende o problema não é a questão da gestão e precisa ser resolvido conversando.

“Acho que tem que se pontuar todos os problemas e o município criar um cronograma para resolução desses problemas. Então se o município precisar da ajuda do Estado ou da União ir atrás disso”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.

Segundo Moro, as reclamações dos médicos são devido a falta de condições de trabalho, portanto não é uma questão de relacionamento entre gestor e profissionais. “O problema é mais longo e vem se arrastando ao longo dos tempos”, justificou.

Além disso, o secretário explica que o Sistema Único de Saúde é subfinanciado e o município reclama da falta de recursos, portanto o momento é de muito diálogo.
Questionado sobre a possibilidade de intervir no diálogo entre médicos e município, Moro descartou e justificou que não foi acionado neste sentido. “Não fomos demandados neste sentido para intervir no diálogo. Estamos abertos para conversação se o município nos acionar”, afirmou.

Moro explicou também que a crise é de gestão municipal, pois diz respeito a questão salarial dos médicos e o que Estado poderia fazer para ajudar já foi feito.

“Na verdade é uma crise de gestão municipal e o Estado foi acionado no sentido de que se houvesse disponibilidade de profissionais, mas o que temos já está disponibilizado para Cuiabá e Várzea Grande. No mais este é um problema que tem que ser resolvido na esfera municipal, porque é uma demanda que envolve a questão salarial dos médicos”, finalizou.