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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Amigo que matou empresária com disparo acidental não tem registro da arma e alegou usar para proteção

Foto: Wesley Santiago/Olhar Direto

Amigo que matou empresária com disparo acidental não tem registro da arma e alegou usar para proteção
O empresário L.J., responsável pelo disparo acidental que matou a também empresária Janaina Silva Barrozo, de 27 anos, na saída de uma festa no domingo (3), na região de Chácaras do Sucuri, em Cuiabá, não tem o registro da arma de fogo que portava no momento do ocorrido. Em depoimento, ele alegou que ela serviria para sua proteção.


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O delegado Mário Santiago, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o empresário contou durante o seu depoimento que a arma de fogo não tem registro. “Ele falou que teria comprado ela há três meses. Isso porque teria tido um desentendimento com alguém e estava sem sentindo ameaçado”.
 
No momento em que estava saindo da festa, o empresário efetuou um disparo de arma de fogo para o alto. Ao ser repreendido pela namorada, o homem então entrou no veículo e, quando ia tirar a munição, acabou efetuando o disparo acidental, que atravessou o banco do passageiro e atingiu Janaina.
 
O empresário e o marido de Janaína estavam na parte de trás do carro, enquanto que a vítima e a namorada do acusado na frente, sendo que esta última era quem dirigia.
 
O disparo atingiu as costas de Janaína, sendo que a bala ficou alojada próximo ao coração. Após o tiro acidental, o marido da vítima pulou para a direção e saiu em alta velocidade com o veículo para o hospital. Porém, ela não resistiu aos ferimentos.
 
A arma do empresário é semiautomática, calibre 635 e de modelo antigo. Segundo o delegado Anderson Veiga, que responde interinamente pela titularidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), este tipo de arma não tem os mesmos mecanismos de segurança das pistolas mais modernas, o que também pode ter contribuído para a tragédia.
 
O empresário se apresentou espontaneamente na última quarta-feira (06), acompanhado do seu advogado, Paulo Fabrini. Ele contou que os dois casais foram até a região para participar de um "niver fest".
 
"Lá, eles pagaram entrada e foram para o evento. Porém, a cerveja estava quente e por isso eles resolveram ir embora. O meu cliente disse que não tomaram quase nada. Apenas três latinhas. Depois foram para o carro. As mulheres ficaram na frente e os homens no banco de trás. (...) Ao manusear a arma para tirar o carregador, a pistola calibre 635 disparou. O tiro pegou nas costas de Janaina e a bala parou no coração", disse o advogado.
 
Fabrini ressaltou que por enquanto aguarda conclusão do inquérito e manifestação do Ministério Público para poder fazer a defesa formal. O advogado ainda comentou que seu cliente deve ser autuado por porte ilegal de arma e homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por isso não deve ser preso.
 
O delegado Mário Santiago disse que, até o momento, não vislumbra nenhum pedido de prisão para o empresário. Além do disparo ter sido acidental, ele pontua que o acusado tem contribuído com as investigações, inclusive apontando o local onde a arma foi jogada.
 
Mário Santiago também confirmou que o marido de Janaína responderá por falso testemunho. A empresária, de 27 anos, morreu antes de dar entrada no hospital. Ela deixou uma filha de três anos.
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