O deputado estadual Valdir Barranco (PT), presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso, afirmou que a sigla quer que o ex-juiz Sérgio Moro seja lançado candidato a presidente em 2022 para que dispute a vaga com o ex-presidente Lula (PT): “Queremos ver o tamanho dele na política. É muito fácil estar atrás da toga e fazer todas as canalhices que ele fez”, afirmou o parlamentar na manhã desta quarta-feira (3).

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Moro vai se filiar ao Podemos no próximo dia 10 de novembro, e é uma das apostas do partido às eleições presidenciais. Ele, que foi juiz da Lava Jato e mandou prender Lula, foi também ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas deixou o cargo em abril de 2020, depois de o presidente trocar o diretor-geral da Polícia Federal, indicado ao posto por Moro. Agora, ele é uma das apostas de ‘terceira via’.

“Como a gestão do Bolsonaro é pífia, não tem nada que ele fez aqui no estado até hoje, e ele também é um presidente muito mal avaliado internacionalmente, de muita polêmica né? Basta ver agora no G-20 a vergonha que nós passamos, então ele também vai se desidratando e obviamente o Lula vai crescendo né? Eu acho que o Lula concedeu uma entrevista aqui, isso já deu reação, importante, tem falado comigo, ele vai conceder várias entrevistas, ele quer fazer entrevista no estado todo e preparar sua vinda para cá. Com relação ao Moro eu quero ver se ele dispute né? Nós queremos ver o tamanho dele na política. É muito fácil estar atrás da toga e fazer todas as canalhices que ele fez. Agora nós queremos que ele venha disputar com o Lula para a gente ver o tamanho do Moro na política”, afirmou Valdir.

Barranco participou nos últimos dias de uma reunião da diretoria do Partido em Mato Grosso. Na ocasião, segundo ele, ficou definido que Mato Grosso ainda vai aguardar as deliberações da Nacional da sigla para só depois discutir as candidaturas majoritárias, ao Senado e Governo do Estado.

“Falamos sobre as eleições de 2022, a organização que o PT está fazendo em todos os municípios, o estímulo às lideranças para se colocarem como candidatos, e aguardar as deliberações do nacional. A última deliberação do nacional era para que nós não tomássemos nenhuma iniciativa com relação a propostas de candidaturas majoritárias aqui no estado nem a governo e nem ao senado e como não mudou isso ainda, por conta da legislação que está em trâmite, né? Ainda muitas coisas não ficaram bem claras. Enquanto o Nacional não nos enviar outro ofício para que nós possamos avançar nas discussões nós vamos nos manter impedidos né? De fazer essa discussão”, afirmou.

Em geral, o partido pretende ao menos manter as duas cadeiras que tem no legislativo estadual e uma na Câmara de Deputados. “O Lula tem conversado muito conosco sobre isso. Ele quer que nós trabalhemos para pelo menos manter ou ampliar a vaga de federal”, finalizou o presidente do PT em Mato Grosso.