O apoio do MDB à pré-candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado está sacramentado. A confirmação é do presidente regional da sigla, o também federal Carlos Bezerra. De acordo com o cacique, a decisão foi tomada durante reunião da cúpula do partido, que foi quase unânime sobre a aliança.
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“Aprofundamos a discussão interna e a maioria entendeu que a eleição de Neri será mais conveniente a nós nas eleições do ano que vem. Nós iremos apoiar, decisão quase unânime do partido”, afirmou.
A intenção de caminhar junto a Neri, que já conta com o apoio do PSD do senador Carlos Fávaro, foi evidenciada em outubro, quando Bezerra foi até o Palácio Paiaguás anunciar o tratado ao governador Mauro Mendes (DEM).
Na época, Bezerra revelou que nem todas as lideranças emedebistas tinham sido ouvidas sobre a aliança com o grupo. Muitos, como a deputada estadual Janaina Riva, defendia outro caminho apoio ao senador Wellington Fagundes (PL), que irá buscar a reeleição.
Na semana passada, a parlamentar chegou a dizer que o MDB iria conversar com Wellington e que o partido só esperava a filiação do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao PL. A ida do capitão da reserva, no entanto, subiu no telhado e está sendo reavaliada.
De acordo com Bezerra, Wellington é um bom nome, mas é uma opção já descartada. “Nós já tínhamos um entendimento com o PSD e agora definidos trabalhar juntos com PP em Mato Grosso”.
MDB, PP e PSD fazem parte do mesmo grupo políticos desde as eleições de 2018. Conseguiram eleger o governador e o senador Jayme Campos (DEM). Em 2020, a aliança continuou e Fávaro foi eleito na vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos). Na época, o DEM acabou dividido, com a família Campos apoiando a candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
A continuidade da aliança mantém a expectativa do MDB em indicar o vice de Mauro, em eventual reeleição do governador. O democrata pretende repetir a dobradinha com Otaviano Pivetta, que deve responder convite de filiação ao partido de Bezerra em janeiro de 2022.