O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) garantiu que não precisa ser “blindado” na CPI dos Medicamentos, mas analisou como absurda a possibilidade de estar na lista dos indiciados pelo relatório do vereador Marcus Brito Júnior (PV), que é da sua base na Câmara de Cuiabá.

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De acordo com o prefeito, ele foi um dos incentivadores para a criação da CPI, já que os problemas na aquisição e distribuição de medicamentos pelo município é um problema crônico.

“Primeiro que eu não peço para ninguém me blindar, eu não preciso de blindagem, pois não faço nada errado e não determino a ninguém da minha equipe que faça algo errado. Então, os vereadores têm total liberdade. Segundo, eu que estimulei a criação da CPI, tanto é que a minha base é maioria na CPI. Eu estimulei com o intuito de ajudar a resolver um problema crônico que há décadas afeta Cuiabá com a problemática do abastecimento de medicamentos e insumos na Capital”, declarou, nesta segunda-feira (06).

A CPI foi instaurada em maio e apura as centenas de medicamentos vencidos encontrados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC). Além de Brito, a comissão é presidida por Lilo Pinheiro (PDT), que também é da base do emedebista. Único de oposição é Tenente-Coronel Paccola (Cidadania).

Sem citar nomes, Emanuel criticou vereadores que, segundo ele, preferem os holofotes. “Pena que alguns vereadores prefiram o espetáculo ao invés do trabalho sério, produtivo, unindo Executivo e Legislativo para um bem comum que é a solução de um grave problema para a nossa cidade”.

O prefeito ainda garantiu que Brito afirmou que ele não deve ser um dos indiciados pela comissão. “Não teria qualquer cabimento o envolvimento do meu nome nisso, mas ele mesmo me ligou e disse que a entrevista dele foi distorcida. Então nenhum problema ou preocupação, estou tranquilo. O que eu quero é enfrentar e ajudar a resolver esse problema de Cuiabá”.

O relatório, que deve pedir o indiciamento de 15 pessoas, deve ser apresentado e votado pelos membros da CPI na tarde de hoje. Depois disso, caso aprovado, o documento será protocolado ao presidente Juca do Guaraná (MDB) para ser votado pelo Plenário.