O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que as contratações para a Prefeitura de Cuiabá são prerrogativas suas, e que ele escolhe os servidores a partir do perfil e do que podem produzir para a cidade, independente de quem seja. Segundo o emedebista, o fato de ser ou não familiar de algum vereador pouco importa em sua decisão.

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“Eu contrato quem eu quero. É uma prerrogativa minha, eu fui eleito pelo voto popular. Se tem perfil, pode ser irmão de vereador, pai de vereador, tio de vereador, se tem perfil e vai produzir para a cidade, e não está contrariando a lei, eu contrato. Eu quero é resultado para a gestão. Para isso eu fui eleito pelo voto popular”, afirmou, em coletiva na última semana.



Segundo Pinheiro, acusações feitas pelo Ministério Público de que ele faria as nomeações “em troca” de apoio político dos vereadores e, ainda, que pagaria “prêmio saúde” aos indicados, não se sustentam. O prefeito ainda afirmou que estas falas sem sentido levaram o judiciário e a imprensa ao erro.

“Vamos pegar o exemplo do irmão do vereador Juca do Guaraná. Ernesto Barbosa. Ele é secretário adjunto de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico - Aí o MP...  é mais uma daquelas aberrações que levam vocês a esse equívoco - Aí lá [na denúncia] está escrito, R$ 5.750, salário, os outros R$ 5.750, prêmio-saúde. Aonde? Mentira, mentira, mil vezes, mentira! Os outros R$ 5.750 são de [Verba Indenizatória] VI, aprovada em lei pela Câmara Municipal de Cuiabá”, explicou. Segundo Emanuel, um funcionário da secretaria de agricultura não teria como receber o prêmio-saúde.

O prefeito ainda citou outros casos, como o da esposa do vereador Kássio Coelho, e a esposa do vereador Mário Nadaf, que, segundo ele, são ótimas servidoras. “Lamento ela [esposa de Kássio] ter saído. Gosto dela, gosto do perfil dela, traz ela de volta... ela é técnica de enfermagem, traz ela de volta, não tem nenhum problema, eu comunico ao MP, eu comunico à sociedade, porque ela é muito boa, um prejuízo para a sociedade”, afirmou.

“A esposa do Nadaf está desde Mauro Mendes no mesmo lugar, e é excelente funcionária. Ela está há 9 anos, uma excelente servidora. Eu herdei do Mauro. Essa não mexi, está lá”, completou Emanuel. Segundo ele, estas servidoras recebem também salário e verba indenizatória (que é obrigatória por lei), mas não o prêmio-saúde, como afirmou a denúncia do MP.