A instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Companhia de Saneamento de Cuiabá (Sanecap) na Câmara Municipal, perdeu “força” na manhã desta sexta-feira. A presidente do órgão, Eliana Rondon, esteve reunida com alguns dos 19 vereadores para esclarecer o furto de materiais e pedir apoio do Legislativo. “Nós já repassamos para os parlamentares todos os documentos sobre o assunto e aguardamos a manifestação da investigação, que está sendo feita pela Delegacia Fazendária, para que as medidas possam ser tomadas. Nós dividimos com os vereadores a nossa angústia e os trabalhos. Pedimos que eles fiquem perto de nós”, disse a presidente em entrevista, logo após a reunião.
Segundo ela, não há necessidade de uma investigação por parte dos parlamentares porque todas as ações estão sendo tomadas, inclusive, uma sindicância foi aberta para apurar o caso. Rondon estava acompanhada pelo diretor administrativo financeiro da Sanecap e ex-prefeito de Cuiabá, Frederico Campos. A reunião a portas fechadas foi realizada no gabinete do presidente da Mesa Diretora, Deucimar Silva (PP), e o autor do requerimento vereador Sérgio Cintra (PDT) não compareceu.
Estiveram presentes na reunião os vereadores Everton Pop (PP), Toninho de Souza (PDT), os tucanos Paulo Borges, Lueci Ramos e Roosivelt Coelho, Júlio Pinheiro (PTB), Pastor Washington (PRB), Totó César (PRTB), Chico 2000 (PR) e o vereador licenciado Clovito (PTB).
No entanto, apenas o suplente de vereador Júlio Pinheiro (PTB), que assume o lugar de Clovito, disse que vai assinar a lista para a abertura da CPI. “A Sanecap tem transparência, mas acredito que a CPI trará mais transparência ainda. Eu acho válida a investigação e se a lista passar eu vou assinar”, declarou.
Já Toninho de Souza (PDT), que saiu antes do término da reunião, avalia que não há necessidade de uma investigação apenas para o caso do furto. Porém, alega que se for feita uma CPI com o objetivo de ser mais abrangente e verificar possíveis irregularidades no órgão, será favorável a instauração da Comissão.
Companheiro
Usando sua larga experiência política, Federico Campos, que também foi governador de Mato Grosso, ponderou aos vereadores que a CPI é desnecessária e que todas as explicações já foram dadas.
Ao defender a presidente da Sanecap, ele lembrou do desprendimento dela ao cargo, chegando a colocá-lo à disposição do prefeito, logo após deflagração da Operação Pacenas e dos ataques que sofreu. Eliane se emocionou, e por pouco não foi às lágrimas.
Atualizada às 13h32
