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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Brasil nega que rearmamento servirá para apoiar entrada no CS da ONU

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, negou nesta sexta-feira que a política de rearmamento do país tenha por objetivo apoiar sua ambição de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança (CS) da ONU.


"Há uma estranha e deplorável coincidência entre os membros permanentes do Conselho de Segurança e as potências nucleares. Por isso defendemos sua expansão a países pacíficos, que não são militaristas, como é o caso do Brasil", afirmou Amorim em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro.

O chanceler explicou que o Brasil precisa se rearmar já que tem "necessidades" de Defesa, justificadas pela grande extensão de seu território, por contar com uma área como a Amazônia que "frequentemente é fruto de especulações fora do país" e pela riqueza petrolífera recentemente descoberta no Atlântico.

Amorim disse que o Brasil agora não tem ameaças externas, mas considerou que a política de Defesa deve ser preparada com um prazo de 40 ou 50 anos.

Ele considerou que as circunstâncias poderiam mudar "de forma surpreendente" e previu que a defesa das enormes jazidas de petróleo no Atlântico, no horizonte geológico chamado pré-sal, poderia ser "fundamental" em uma "disputa" futura.

O ministro reiterou que ainda está aberta a licitação para comprar 36 caças de combate, na qual concorrem a americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault Aviation, com a qual o Brasil anunciou o aprofundamento das negociações esta semana, durante a visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy a Brasília.

Amorim explicou que seu Governo optou por avançar nas negociações pelos Rafale franceses pelo preço competitivo, a transferência de tecnologia e a "monopólio" para que o Brasil venda este modelo de avião no mercado latino-americano.

"Estamos aprofundando as negociações com a França. Se forem bem, espero que sejam fechadas", opinou o chanceler.

Durante a visita de Sarkozy, os Governos de ambos os países assinaram um acordo para a construção conjunta de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e de 50 helicópteros.

Segundo o acordo, a França fornecerá a tecnologia e os equipamentos e o Brasil se encarregará da construção e montagem dos helicópteros e navios em suas próprias fábricas e estaleiros em território brasileiro.
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