Um dos alvos da operação Mandatário, deflagrada nesta segunda-feira (17), já foi alvo da operação da “Red Money”, que investigava grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro. Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido por Batman, se encontra preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), por, entre outros crimes, roubos e furtos a agências bancárias, inclusive com uso de explosivos.
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Batman é um dos líderes da organização e atua como tesoureiro do crime. Um dos grandes mentores intelectuais entre todos os criminosos e possui um grande poder de influência entre os comparsas.
“Fizemos um recorte na estrutura da organização e focamos em uma faceta, um grupo responsável por fazer a contabilidade, o recebimento e promover a lavagem de dinheiro oriundo de atividades criminosas praticados por eles”, explicou o delegado Frederico Murta em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18).
Em fevereiro de 2017, Batman e a esposa (que também foi alvo da operação Red Money) criaram a J.J Informática, principalmente, para promover lavagem de dinheiro e movimentar os valores da facção criminosa.
Em análise financeira, a Polícia Civil descobriu que a J.J Informática, em apenas quatro meses, movimentou cerca de R$ 800 mil. Porém, nenhuma das movimentações e pessoas identificadas tinha ligação com o objeto social da empresa, ao contrário das pessoas que realizaram transações com o estabelecimento.
Pelo menos 180 possuíam antecedentes criminais ou algum vínculo pessoal com criminosos e condenados pela Justiça, grande parte deles presos na Penitenciária Central do Estado.
Ao lado da J.J Informática, outras contas bancárias foram identificadas e definido um “núcleo de liderança”, no que se refere à movimentação financeira da facção criminosa. No período de 1 ano e 6 meses, houve circulação de montantes entre R$ 5 milhões a R$ 800 mil, dependendo do CPF.
Operação Mandatário
A operação foi deflagrada na tarde de ontem, com finalização dos cumprimentos na manhã de hoje (18). Os mandados expedidos pela 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, foram cumpridos nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A operação é uma atuação conjunta da Polícia Federal, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, sistema prisional e Polícia Rodoviária Federal, no âmbito da Força Tarefa de Segurança Pública.
Ao todo, foram sequestrados 15 veículos, 07 imóveis, além de 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos, totalizando um valor estimado de cerca de R$ 10 milhões.
Foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e até um escritório de contabilidade. Durante as buscas, além de documentos, foram apreendidos uma arma de fogo, joias de grande valor e mais de R$ 500 mil em espécie. Seis investigados foram presos preventivamente e um em flagrante.