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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Operação Mandatário

Núcleo contábil do Comando Vermelho lavava dinheiro com locação de veículos e compra de imóveis

Foto: Reprodução

Núcleo contábil do Comando Vermelho lavava dinheiro com locação de veículos e compra de imóveis
As investigações que culminaram na Operação Mandatário, deflagrada pela Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP-MT), levantaram que o núcleo contábil do Comando Vermelho lavava o dinheiro da facção criminosa com compra de imóveis e alugueis de veículos, incluindo alguns luxuosos. As ordens judiciais foram cumpridas entre a segunda e terça-feira (18.).


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Outra modalidade exercida pela organização criminosa para a lavagem do dinheiro era a locação e compra e venda de veículos, que eram adquiridos em nome de terceiros, inclusive advogados. Com a operação, foram sequestrados 15 veículos de diversos modelos.

Conforme a Força-Tarefa, neste período de quase um ano de investigação, foi apurado que a organização também lavava o dinheiro com a aquisição de patrimônio, entre eles imóveis, como casas e apartamento. Entre os imóveis sequestrados estão um apartamento em um edifício de alto padrão na região do bairro Duque de Caxias e um prédio com 20 quitinetes.

Ao todo, foram expedidos 51 mandados judiciais que resultaram no sequestro de diversos bens móveis e imóveis, apreensão de R$ 500 mil em espécie e joias e bloqueio de contas bancárias no valor de até R$ 10 milhões. Seis investigados foram presos preventivamente e um em flagrante.

O nome da operação faz menção à pessoa de confiança de um dos líderes e tesoureiro da facção, que também teve mandado cumprido durante a operação. O suspeito atuava como braço direito e era responsável pela execução das ordens do tesoureiro nas ruas, recolhimento de dinheiro, ou seja, atuava como mandatário do criminoso.

O principal alvo da operação foi preso com mais de meio milhão de reais em espécie e se passava por advogado, mesmo sem ter concluído o curso de direito. Ele era responsável por recolher semanalmente o dinheiro em bocas de fumo e de outras atividades ilícitas. Depois era feita a contabilidade dos valores e o lucro distribuído entre os líderes da organização criminosa.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Frederico Murta, um dos responsáveis pela investigação, a força-tarefa chegou também a outros alvos, entre eles um contador e empresários, que atuavam na lavagem, camuflagem e aplicação do dinheiro da organização criminosa.

O contador era responsável pela abertura de empresas utilizadas para lavar o dinheiro da facção e fornecia contas bancárias para que que os criminosos pudessem fazer movimentações rápidas, a fim de não deixar vestígios que pudessem atrair a fiscalização. As empresas eram criadas para movimentar vultosas quantias de dinheiro e logo depois, encerradas, com o intuito de burlar a investigação. Quando os órgãos de fiscalização detectavam as movimentações atípicas, as empresas já estavam encerradas.

Sequestro de bens e apreensões

Além dos veículos, foram sequestrados sete imóveis e efetuadas 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos totalizando um valor estimado em cerca de R$ 10 milhões de reais.

Foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e em um escritório de contabilidade. Durante as buscas, além de documentos, foram apreendidos uma arma de fogo, joias de alto valor e mais de meio milhão de reais em espécie.

Força-Tarefa

É composta em Mato Grosso pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Sistema Penitenciário e tem por objetivo realizar a atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado.
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