O presidente da Câmara de Veredores de Várzea Grande, Fábio Tardin, sofreu um ataque de piranhas no Lago do Manso no último domingo (6). Ele publicou em seu Instagram um vídeo em que aparece o dedão do pé sangrando, após ter sido mordido pelo peixe.

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No vídeo, Tardin diz que levou familiares de Minas Gerais, que estavam visitando Mato Grosso, para passear no Lago do Manso, quando o incidente aconteceu. “Precisamos fazer um enfrentamento ambiental urgente”, diz o vereador. Veja:
 

Relatos semelhantes ao do vereador já aconteceram nos últimos anos. Em 2019, banhistas que frequentam o Lago do Manso relataram pelo menos quatro ataques de piranha em um intervalo de três semanas. Em dezembro de 2020 foi a vez de uma mulher de 46 anos, na região do restaurante Trapiche Xaraés. Ela teve parte do dedinho do pé arrancado.

Após alguns destes ataques, o Olhar Direto conversou com o biólogo Davi Soares, que explicou que os casos de ataque de piranhas ocorrem principalmente por proteção de território. "Na região do Manso era um rio e não tinha local pra elas ficarem. A quantidade está acima do que deveria estar e isso pode ser preocupante, pois elas podem aumentar ainda mais o número de indivíduos nos próximos anos", alertou. Para ele, uma alternativa seria diminuir a população dos peixes com pesca direcionada, além da verificação dos principais pontos de reprodução.

Já em 2021, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) informou que a soltura de peixes no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá), precisa de autorização emitida com três meses de antecedência. Naquela semana, um grupo de pessoas que possuem propriedades na região iniciou uma mobilização para comprar espécies predadoras de piranhas, após o aumento de ataques. Ainda segundo a Sema, o lago do Manso, por ser um ambiente de ecossistema lêntico, nos quais a água apresenta pouco ou nenhum fluxo, é propício ao desenvolvimento de peixes como a piranha.