A nova gestão do Mixto, capitaneada pelo empresário João Dorileo Leal, proprietário do Grupo Gazeta do Comunicação e o ex-senador, radialista e jornalista, Antero Paes de Barros, irá repassar 20% de toda a renda para amortizar as dívidas milionárias do clube. Dorilêo destaca que os moldes do contrato assinado na quarta-feira (23) não têm relação com os da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

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A parceria feita entre o Mixto e os empresários nada tem a ver com a transformação em clube-empresa. Isso porque a associação não tem patrimônio para ser comprado, como é o caso de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que aderiram a nova lei. “Não é este modelo que estamos aplicando aqui”, explica Dorileo.
 
Ao todo, 20% de toda a receita líquida que os empresários tiverem com o time serão repassados à presidência do clube, que continuará com Vinicius Falcão. Este montante então será usado para amortizar as dívidas milionários do Mixto.
 
“Um exemplo: se entrar R$ 100 mil mensais de patrocínio, encaminhamos R$ 20 mil por mês para que o presidente pague as dívidas”, explica Dorilêo. Todo o gasto com o departamento de futebol, incluindo categorias de base e futebol feminino, será da nova gestão.
 
O Mixto é o maior campeão estadual com 24 títulos, porém o último deles foi em 2008. Ao todo, a dívida até o ano passado era de quase R$ 8 milhões, referentes a débitos tributários, previdenciários, multas trabalhistas e FGTS.
 
“Eu sempre disse ao Dorilêo que o Mixto precisava da gente. É a melhor marca de Mato Grosso e precisávamos da credibilidade que envolve a o nome dele. Talvez o torcedor não comemore os feitos desta diretoria, que deu o pontapé nesta mudança. Eles conseguiram reduzir a dívida do Mixto. O que estão fazendo é louvável”, explica Antero.
 
Por fim, Dorileo destaca que a gestão irá agir com extrema transparência. “Tudo que acontecer, vão ter conhecimento. Sem arrogância, prepotência, sem desconhecer a importância da mídia nesta retomada, como fazem alguns clubes. Esta é a uma marca nossa. Mas quero dizer também que nunca fizemos o papel de vaca de presépio. Vamos exigir também que o Mixto tenha o devido respeito. Não só da mídia, mas também dos órgãos que comandam o esporte e de todos”.
 
Projeto
 
O contrato assinado nesta quarta-feira (23) tem um prazo de dez anos. Em seis, existe um compromisso de tentar chegar a Série C do Campeonato Brasileiro. Até o fim do compromisso, a intenção é que o time esteja na segunda divisão nacional.
 
O valor a ser aportado no clube não foi revelado pelos empresários.