Inimigo número 1 do governador Mauro Mendes (UNIÃO), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não perdeu a chance de alfinetar o chefe do Executivo estadual após o anúncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que deve mesmo compor com o Mendes nas eleições de outubro. Com grandes possibilidades de abrir palanque para Lula (PT), o emedebista evitou colar totalmente a sua imagem ao grupo da esquerda.

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“O presidente Bolsonaro não sabe a fria em que ele está entrando. Mas ele vai saber disso com o tempo e eu tenho que respeitar e cuidar da nossa vida, desenvolver as propostas que temos. Nós temos uma gestão realizadora e queremos levar este feito para o Governo do Estado, de priorizar os mais pobres, que governa para todos, que prima os recursos públicos chegando lá na ponta, que é onde tá quem realmente precisa. Nós podemos fazer isso no estado também. E se o palanque é o palanque da federação, vamos mostrar através do palanque da federação”, declarou o prefeito.

Até pouco tempo, Emanuel buscava convencer o senador Wellington Fagundes (PL) de recuar de sua candidatura à reeleição e viabilizar-se como o nome de oposição a Mauro Mendes no Estado. Apostava na proximidade do governador com Neri Geller (PP), que também busca a senatoria.

Emanuel chegou, inclusive, a se reunir com Bolsonaro e se apresentar como possível candidato, mas as articulações do emedebista caminharam fora do esperado.

O MDB em Mato Grosso está dividido com relação ao palanque de outubro, fato que levou Emanuel a tentar até mudar de sigla.

Passado o período em que, pela legislação eleitoral, ele deveria se desincompatibilizar do cargo de prefeito para disputar a eleição, Emanuel iniciou um movimento forte de escolha de um nome que pudesse representar o projeto de oposição à atual gestão do Governo.

Com a negativa de Wellington, o prefeito se aproximou da federação que irá dar palanque a Lula no Estado e que pode lançar seu vice, José Roberto Stopa (PV), ao Governo.