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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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DOIS ESTÃO FORAGIDOS

Vídeos mostram monitoramento de Baleia antes da prisão no Alphaville durante Operação Jumbo

Foto: Reprodução

 Vídeos mostram monitoramento de Baleia antes da prisão no Alphaville durante Operação Jumbo
Antes de ser preso manhã desta segunda-feira (16), no condomínio Alphaville, em Cuiabá, Tiago Gomes de Souza, conhecido como Baleia, 36 anos, vinha sendo monitorado por policiais federais. A investigação resultou na Operação Jumbo, que desmantelou o esquema de lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas em postos de combustíveis. 


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PF apreendeu R$ 350 mil em espécie e 101 veículos, entre eles carros de luxo; suspeitos lavaram dinheiro em mineradora

Vídeos gravados pelos agentes mostram Baleia falando ao celular em uma conveniência usada por ele para lavar dinheiro. Aparentemente, trata-se do posto Jumbo, na Rodovia Palmiro Paes de Barros. Atualmente, o estabelecimento é avaliado em R$ 6 milhões. 

Em outro momento, o criminoso é flagrado dirigindo uma Toyota SW4 branca. Já em um terceiro vídeo, Baleia é visto ao lado de uma mulher de cabelo longo. O casal caminha e entra em uma Mercedes-benz CLA 45. Veja abaixo:

 

O esquema de lavagem de dinheiro foi desmantelado e seis pessoas foram detidas, sendo quatro empresários, em força-tarefa da Operação Jumbo. Um dos alvos teve mandado de prisão cumprido na penitenciária de Cáceres (220 km de Cuiabá). Dois criminosos ainda estão foragidos.

Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, 29 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de diversos bens que somam R$ 60 milhões, nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D `Oeste, Poconé e Pontes e Lacerda. 

Entre os bens estão 101 veículos dos suspeitos investigados na operação, sendo boa parte carros de luxo. Na casa e nos postos de combustíveis de Baleia, foram apreendidos R$ 350 mil, em espécie.  

Investigação

Os criminosos tinham uma metodologia de aquisição e transportavam a droga por meio de ‘mulas’, que caminhavam por cerca de cinco dias, trazendo a cocaína da Bolívia nos ombros. Ao chegar na zona rural Porto Esperidião, onde o grupo tinha uma espécie de base, a droga era levada para Mirassol D’Oeste e depois para a Capital mato-grossense. Em dois dos transportes, a Polícia Militar e o Gefron conseguiram interceptar 210 quilos de cocaína.

A organização criminosa se dividia em dois núcleos: um responsável pela logística e transporte da droga e outro composto por empresários, que lavavam o dinheiro principalmente em postos de combustíveis, conveniências, além de uma mineradora.

Os valores adquiridos através do tráfico de drogas eram mesclados aos ganhos regulares dos postos de combustíveis e conveniências, para dificultar que a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) notasse alguma irregularidade.

A investigação da Polícia Federal levantou que são de propriedade de Baleia os seguintes estabelecimentos: postos Jumbo e Atalaia, ambos localizados na Rodovia Palmiro Paes de Barros; além de outro posto na avenida Miguel Sutil. Os criminosos movimentaram cerca de R$ 350 milhões em quatro anos. 

Em julho do ano passado, depois da troca de informações com a Diretoria de Inteligência da PM, a PF instaurou inquérito, descobriu o enriquecimento ilícito de Baleia e desmantelou o esquema do chefe do tráfico na capital mato-grossense.

Outro ponto importante apurado no inquérito foi a vida pregressa e o padrão de vida levado por Baleia nos últimos anos. Ele tinha uma troca constante e incomum de automóveis, todos de luxo, além de residir em um dos condomínios com os imóveis mais caros de Cuiabá.

Na vida do crime, começou ainda adolescente como traficante de lança-perfume, fez parte de gangues, depois foi investigado como mandante de um homicídio. Por último, se tornou dono de ‘boca de fumo’, até passar a trabalhar como taxista.  

Ao mudar de cargo na prática criminosa, passou a figurar como empresário a partir do financiamento do tráfico, inclusive mantendo contato quase que diário com uma facção criminosa instalada em Mato Grosso.

Depois de comprar o Jumbo, Baleia teria comprado os postos Atalaia e outro na avenida Miguel Sutil, usando uma mulher como laranja. A ideia do criminoso era de expandir seus negócios com uma rede de postos na região metropolitana de Cuiabá, por meio do dinheiro do tráfico de cocaína que vinha da Bolívia para Mato Grosso.
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