As panelas de pressão vão ganhar uma garantia de qualidade, que será um selo do Inmetro, para que o consumidor não precise descobrir só em casa se a panela que comprou é segura ou não.

O selo indica que o produto passou por vários testes e que o risco de acidente é quase zero. Hoje, das duzentas fábricas existentes no país, quatro já começaram a produzir panelas dentro das novas normas.

Os fabricantes só vão receber o selo se cumpirem uma lista de exigências e os testes, nas fábricas, ficaram mais rigorosos.

“São mais ou menos trinta requisitos técnicos, desde testes de resistência de cabos, abertura de válvulas, testes hidrostáticos para medir a resistência da panela e testes de envelhecimento também da parte elastomérica, ou seja, os anéis de vedação”, disse Arcanjelo Nigro Neto, presidente do Comitê de Estudos da ABNT.

Os acidentes com panela de pressão geralmente são causados pelo entupimento de válvulas. O modelo mais comum vendido no país é este com tampa interna e duas válvulas.

No país são vendidas entre 500 mil e 600 mil panelas de pressão por mês. As próprias fábricas têm nas reclamações dos clientes uma ideia sobre o perigo que se esconde nas cozinhas. “Chega próximo a 2 mil panelas por dia com acidentes”, disse Silvio Nigro, diretor de uma fábrica.

Para evitar explosões, os fabricantes investem em panelas mais seguras: alumínio reforçado, tampa externa, anel de silicone e válvulas para controlar a pressão e diminuir o perigo.

A dona-de-casa Maria Ozília Garcez passou por uma explosão dentro de casa. “O fogão tinha afundado e a tampa da panela foi parar no forro de um outro cômodo. Foi inesquecível a cena. E isso me deixou muito insegura em relação à panela”, disse ela.

Ozília já sabe o que observar na próxima compra. “A gente vai prestar atenção no selo do Inmetro”, disse ela.