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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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DEVEM IR A JÚRI POPULAR

Dos cinco acusados de matar jovem por causa de vídeo do Tik Tok, apenas um está preso

Foto: Reprodução

Dos cinco acusados de matar jovem por causa de vídeo do Tik Tok, apenas um está preso
A Polícia Civil indiciou cinco criminosos pela morte de Ellen Nascimento da Silva, de 21 anos, ocorrida em abril deste ano, na cidade de Brasnorte (590 km de Cuiabá). No entanto, apenas um deles está preso. Dois foram liberados por colaborar com a investigação e outros dois seguem foragidos. O Mistério Público ofereceu denúncia contra os envolvidos no último dia 12 de maio e pediu que os criminosos sejam julgados e condenados. O grupo deverá ir a júri popular.


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Dos denunciados, está preso Erick Vinicius Colen Félix, 18; Ryan Aparecido Correa da Silva, 21, e Ueslen Gonçalves Barros, 26, estão foragidos. Mateus Lino Ramos, 22, e Luiz Rafael de Oliveira, 23, respondem em liberdade.  Eles agiram com uma adolescente e também com outra pessoa, ainda não identificada. 

No dia 19 de abril, por volta de 20h30, Mateus, que seria 'ficante' da vítima, a atraiu até uma casa de quitinete, onde estavam Luiz Rafael, Erik, Ryan, além da adolescente. 

Após ser deixada no local, Ellen teria sido vendada e amarrada por Erik, Ryan e a adolescente. Ueslen chegou ao imóvel em um Uno vermelho e levou a vítima até a Estrada do Perobal, zona rural do município, onde ela foi executada a tiros. 

No carro estavam Ellen, Ueslen, Luiz, Ryan, Luan, e a pessoa ainda não identificada, até o momento. Quando chegaram na Estrada do Perobal, Ryan atirou duas vezes contra Ellen e Luiz mais duas, totalizando quatro disparos de arma de fogo.

Para o promotor Álvaro Schiefler Fontesque, a infração penal também foi praticada mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que ela teria sido atraída até a residência onde os criminosos estavam, reduzindo sua chance de reação defensiva. Depois disso, levada ao local onde os bandidos efetuaram tiros à queima rouba. 

Conforme o MP, os criminosos serão submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri da Comarca de Brasnorte. O promotor se manifestou favorável a condenação dos criminosos e pediu ainda que seja fixado indenização para reparação dos danos morais causados aos familiares de Ellen, diante da prática da infração.

Quanto à conduta da adolescente, o representante do MP pediu que seja apurada em autos apartados, conforme previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. 

Por fim, solicitou a intimação das testemunhas arroladas no processo. 

De acordo com a investigação conduzia pelo delegado Eric Márcio Fantin, um dia após sumiço de Ellen, a mãe registrou um boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento da filhaa. No dia 22, homem que trabalhava com um trator, encontrou o corpo da jovem em estado de decomposição. O cadáver estava com marcas de tiros pelo corpo e com as mãos amarradas.

O delegado Eric Márcio Fantin explicou que com a localização do cadáver, iniciou-se uma investigação que descobriu que a morte de Ellen teria sido determinada pela facção criminosa Comando Vermelho por conta de um gesto inocente feito durante um vídeo no aplicativo Tik Tok, 

Ellen chegou a publicar dois vídeos em seu perfil em que faz o número três com a mão.  Um deles teria sido há dois meses. “Eles entendem que isso é um apoio a facção rival [Primeiro Comando da Capital]. Ela teria sido avisada para não fazer mais isso, mas antes dela sumir, ela teria feito novamente uma postagem”, explicou o delegado Eric Márcio, em recente entrevista ao Olhar Direto.

A última postagem de Ellen, que a levou a morte, foi removida poucos minutos depois. No entanto, os criminosos já teriam assistido o vídeo e ainda fizeram um print da dela. “Acreditamos que ela tenha feito o sinal por inocência, pois não há elementos que ela seja faccionada tanto do Comando Vermelho como do PCC", afirma.

Oito pessoas foram presas durante diligências para apurar o caso, mas só cinco  foram denunciadas por envolvimento no assassinato da vítima. Três suspeitos respondem por tráfico de drogas e por formação de organização criminosa. 

O delegado Eric pontuou que a equipe da Delegacia da Polícia Civil reuniu diversos elementos informativos em mais de 100 horas ininterruptas de investigação que apontam o envolvimento de vários suspeitos no assassinato.
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