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Domingo, 26 de maio de 2024

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Fisioterapia pélvica pode aliviar dores da endometriose e melhorar saúde da mulher em diferentes idades; veja vídeo

Foto: Olhar Direto

Laura Brites alerta para importância da musculatura pélvica na vida da mulher

Laura Brites alerta para importância da musculatura pélvica na vida da mulher

É comum associar a fisioterapia pélvica como algo necessário apenas durante a gestação, no entanto, a fisioterapeuta Laura Brites, explica que, em diversas faixas etárias, o fortalecimento do assoalho pélvico pode representar qualidade de vida para a mulher.


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Nos casos das dores fortes e constantes causadas pela endometriose, por exemplo, os exercícios e tratamentos podem trazer alívio. 

“As mulheres devem ser informadas sobre a endometriose. Os médicos não dão muita importância. Sentir dor não é normal, não podemos normalizar a dor. A informação é importante para questionar os médicos”. 

Laura também utiliza aparelho de eletroestimulação durante as sessões de fortalecimento do assoalho pélvico. Para as mulheres com endometriose, ele pode ajudar na melhora do fluxo sanguíneo, aliviando as dores. 

“A fisioterapia pélvica pode tratar essa dor. A endometriose é foco de sangue fora do útero, aqui tratamos esses sintomas e as queixas de dores. Não é normal a mulher sentir tanta dor a ponto de não conseguir se levantar”. 

A fisioterapia pélvica não precisa de encaminhamento médico e, através de uma avaliação, Laura consegue identificar os pontos principais que serão trabalhados durante a sessão. Quando as demandas fogem de sua especialidade, o trabalho interdisciplinar entra em ação. 

“Faço uma avaliação e é nesse momento que vou ver de onde está vindo o problema. Ele não é instalado do nada. O eletroestimulador, por exemplo, serve para melhora no fluxo sanguíneo, nutrição do tecido, também fortalece a musculatura. Vamos trabalhar essa questão da força”. 

O fortalecimento do assoalho pélvico também não é exclusividade das mulheres. Laura explica que, apesar de não ser seu foco, também atende homens que buscam ajuda para tratar problemas como incontinência urinária. 

Importância do assoalho pélvico 

A fisioterapeuta explica que o assoalho pélvico é formado por músculos, ligamentos e fáscias (tecidos finos e com pouca elasticidade). Além de suportar o peso dos órgãos, é responsável pela continência urinária e fecal. 

“São os três pilares da fisioterapia pélvica: parte urinária, vagina e anal. Não adianta tratar uma paciente que está perdendo xixi e ignorar a constipação dela. Não é apenas na bola [usada para alguns dos exercícios], trabalhamos o padrão respiratório, alongamento do corpo, tudo é interligado”. 

Nas sessões, Laura utiliza diversos exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica. Ela ressalta que é importante que os movimentos também sejam feitos fora do ambiente do consultório. 

“O sucesso [no tratamento] não depende só de mim, sempre explico para elas. Algumas pessoas acreditam na solução rápida do problema, como em casos de incontinência urinária. E não é bem assim. Se fizer e não trabalhar a força, vai acontecer de novo, porque não trabalhou a musculatura”. 

A fisioterapeuta explica que ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o tipo de parto (cesárea ou natural) que provoca mudanças no assoalho pélvico, mas sim o peso carregado pela mulher durante as gestações. 

Por conta disso, o fortalecimento é essencial. Os primeiros sinais podem não aparecer imediatamente, mas surgem com o passar dos anos, de acordo com Laura.

“Uma mulher que gera bebês de mais de 4kg é um fator que sobrecarrega o músculo pélvico. Isso não impacta com 20 anos, mas depois dos 30, 40. Assim como a força que algumas mulheres fazem para evacuar. Você está expulsando seu órgão, tudo isso corrijo aqui. Ensino a mulher a ter qualidade de vida”. 

Saúde sexual da mulher e autoconhecimento 

Para as pacientes, Laura também tenta reforçar questões importantes relacionadas à saúde da mulher e o autoconhecimento sobre questões sexuais. Ela ressalta que, muitas vezes, algumas mulheres sequer conhecem seus corpos. 

“Tem mulheres que nunca olharam para suas vaginas. Tem mulheres que acham que temos um buraco só. Tem mulheres que acham que o clitóris é só a parte externa, tem mulheres que nunca chegaram ao orgasmo”. 

“É muito bom trabalhar com mulheres, ver os avanços. Quando uma das minhas pacientes que sentia dor nas relações disse que havia conseguido, foi uma maravilha, fico muito feliz por devolver isso para uma pessoa”. 

“Outras vezes a pessoa chega aqui usando fralda e depois usa apenas um absorvente íntimo. Não posso ser leviana de falar que vou curar, mas posso devolver a qualidade de vida”, continua. 

A fisioterapeuta ressalta que o acesso à informação também é importante para as gestantes. Laura procura explicar o que vai auxiliar ou não na hora do parto e sobre a importância da mulher saber seus direitos, assim como ela saber que eles devem ser respeitados. 

“Episiotomia [conhecido como ‘pique’], por exemplo, já existem estudos que ele não aumenta nada. Ele só vai impactar na saúde da mulher para o resto da vida. Até hoje ele é feito, que é para ajudar o bebê. Aqui ensinamos as gestantes. Não posso falar que seu corpo vai parir, mas você vai saber”. 

“Eles querem deitar a mulher, a criança não vai sair. E a gravidade? Quando a cabeça do bebê está passando, o osso da pelve fica mole. Se a mulher está deitada não vai sair. Então eles entram com o corte, acabando com a saúde da mulher. Às vezes ela não sabe e acha que é normal, mas não é”. 

Ela explica também que muitas mulheres costumam ouvir que é normal sentir algumas dores durante a relação sexual. 

“Dor não é normal, falam sobre dor na relação sexual, pedem para tomar um vinho que a dor é normal. Mas isso não é normal. Ou com as gestantes, falo sempre que é comum dores no pé da barriga, não é normal, é comum, mas vamos trabalhar”.

Os atendimentos são realizados no Work’s Escritórios e Consultórios, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Para agendar uma consulta basta clicar aqui
 


 
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