O senador Jayme Campos (União) afirmou que apesar de o governador Mauro Mendes (União) não colocar obstáculos para receber apoio dos três pré-candidatos ao Senado que estão em sua base, muitos aliados questionam a possibilidade de o deputado federal Neri Geller (PP) estar no palanque aberto para as eleições de outubro. O motivo da insurgência é o fato de o progressista ter fechado com a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Além de Neri, tal palanque teria a participação do senador Wellington Fagundes (PL) e da empresária Natasha Slhessarenko (PSB).

De acordo com Jayme, Wellington tem exigido que a coligação oficial seja feita entre o União e o PL, fazendo com que Natasha e Neri tenham candidaturas avulsas, como permite a legislação eleitoral. O cacique ressalta que Mauro já deixou claro que, por ele, não há problema que os partidos que estejam em seu palanque apoiem candidatos concorrentes do presidente Jair Bolsonaro (PL), para quem declarou apoio.

“Algumas pessoas estão contrariadas por conta das posições do próprio Neri. Recebi mais de dez ligações, questionando como Mauro, que já definiu seu apoio para Bolsonaro, vai permitir que um candidato suba em seu palanque apoiando Lula?”, revelou.

“As pessoas entendem isso como esdrúxulo. A que pese a gente já tenha uma referência. No Amapá, o PL está coligando com o PT. Então, o Mauro tem a tese de que ele poderia abrir o palanque para Ciro Gomes (PDT), Lula, Bolsonaro, Simone Tebet (MDB); são partidos da base aliada, só o PT que não é, por isso ficaria meio complicado”, completa, adiantando que a expectativa é de que o imbróglio seja resolvido até sexta-feira (29).

O flerte com o palanque de Mauro faz muitos líderes da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) em Mato Grosso cobrarem um posicionamento definitivo por parte de Neri. Dentro do grupo, há quem defenda que a aliança seja desfeita, caso o progressista insista em estar no palanque de Mauro.

Neri, por sua vez, garante que o PP estará coligado com a federação, mas também afirma que aceita estar no palanque maurista, desde que o partido do governador não esteja coligado com o PL de Wellington e Bolsonaro.