A deputada estadual Janaina Riva (MDB) chegou à convenção estadual de seu partido por volta das 17h, e reafirmou o que tem dito nas últimas semanas: que o foco do partido são as eleições proporcionais, para conquistar cinco cadeiras na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Para ela, apesar dos conflitos internos em relação à Senatória, o caminho natural é liberar os filiados. Já em relação ao Governo do Estado, apontou o prefeito Emanuel Pinheiro e seu filho, o deputado federal Emanuelzinho, como os únicos divergentes da decisão de apoio à reeleição do governador Mauro Mendes (UNIÃO).

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“Aqui no estado o que nós queremos a coligação com o governador Mauro Mendes, eu acredito que até então seja praticamente unânime, com a exceção do prefeito de Cuiabá e hoje do Emanuelzinho que é filho dele candidato a deputado federal, e queremos a liberação para o Senado. Então, eu acredito que o MDB vai encaminhar dessa forma, coligando com o governador e aí fica pro governador ver se ele vai coligar com alguém ou não, e o partido fica liberado com relação ao apoio na candidatura de senatória”, afirmou.

A ‘liberação’, no entanto, ainda pode mudar, a depender do que o governador definir em relação ao seu palanque, se será aberto a mais de um candidato ao Senado ou se ele vai fechar aliança somente com Wellington Fagundes (PL), opção defendida por Janaina, que é nora de Wellington.

“É lógico que pode mudar dependendo da coligação que for optada pelo governador, porque quando a gente coliga com o Governador, ele pode coligar também com um partido que tenha candidato ao Senado”, disse. A tendência pela liberação, segundo ela, acontece para evitar questionamentos em relação a fidelidade partidária, visto que o próprio presidente do partido, deputado federal Carlos Bezerra, é defensor da candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado.

“Amanhã pode o Governador, por exemplo, coligar com o PL e pode o deputado Bezerra, que é presidente e já tem compromisso com Neri, o Juarez [que] já tem, ficar numa situação constrangedora. Para não haver esse constrangimento e pra ninguém falar que tá traindo o partido, [haverá] a liberação pra candidatura ao Senado”, explicou.

Para além disso, segundo ela, não deve haver problemas em relação à decisão de apoio a Mauro, pois as vozes divergentes são minoria. “Já existe algo pacificado aqui dentro - não vou dizer pra vocês, como eu disse, que não tem ninguém contrário, tem, mas está pacificado - pela maioria de apoio ao Mauro. E agora cabe ao Mauro essa decisão sobre coligar ou não do Senado. É lógico que eu faço votos, assim como grande parte dos prefeitos, que ele colide com o PL marcando ali posição junto com o Wellington e o Bolsonaro. Agora se ele vai fazer isso ou não, nenhum de nós sabemos”, completou.