O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que, em sua opinião, a transferência de votos nunca acontece de forma automática. Após o recuo da candidatura da médica Natasha Slhessarenko (PSB) ao Senado, ele vai tentar conquistar o apoio dela e de todos que queriam votar nela em outubro.
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Durante coletiva de imprensa na última segunda-feira (8), Natasha afirmou que seria partidária e pediria votos para a chapa Lula (PT) – Alckmin (PSB) para a Presidência da República, mas que no Senado, em Mato Grosso, não apoiaria ninguém.
O recuo da médica foi confirmado ainda na sexta-feira (05), pelo presidente do PSB no Estado, deputado Max Russi. No mesmo dia, o parlamentar conseguiu do governador Mauro Mendes (UNIÃO) a garantia de um espaço maior para o partido dentro do arco de aliança governista.
“A partir de agora eu assumo todas as candidaturas de mulheres, das mulheres do PSB, da minha mãe que é a mulher que me inspirou e que na minha opinião abriu todas os caminhos para as mulheres na política mato-grossense. E vou estar junto também do presidente Max Russi, que nos últimos meses me ensinou muito e a quem devo muita gratidão. Sobre o Governo, o PSB permanece na base do Mauro Mendes, assim como a nível nacional o partido está com Lula e Alckmin. Para senador eu não voto em nenhum, porque nenhum deles me representa”, disse Natasha na última segunda-feira (08).
Para Wellington, no entanto, este apoio pode ser conquistado. “Eu vou tentar conquistar todos aqueles que queriam votar na Natália. Esse é o meu papel. Peço o apoio público da Natasha, peço o apoio de todos aqueles [que votariam nela]. Peço apoio, com a intenção de ter o voto (...). Vou conquistar as pessoas, eu acho que nada é transferido automaticamente. A campanha começará ainda, por isso essa construção da aliança é fundamental“, afirmou.
Em relação aos eleitores, Fagundes afirmou que acredita que irão votar de acordo com a história de cada um, e que sua experiência no Senado vai lhe ajudar. “O senado exige maturidade, uma casa que pra você ser candidato tem que ter 35 anos, é a casa da conciliação, é a casa da harmonia, portanto o Senado não é uma casa que o jovem pode participar, não é veto ao jovem, porque nós vivemos um sistema bicameral. É exatamente o papel do Senado, é uma representação de Estado enquanto que a câmara representa a população”, argumentou.