O governador Mauro Mendes (UNIÃO) negou que tenha sido ele quem impôs que o PSB estivesse na chapa de reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), e afirmou, na manhã desta terça-feira (16), que só deu o “OK”, mas que a palavra final foi do cabeça de chapa. Até agora, não se sabe quem será o segundo suplente de WF, visto que o nome registrado, Diógenes Jacobsen (PSB), anunciou desistência.
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“Não foi um pedido meu, foi um acordo que foi feito no dia da convenção, na sexta-feira, me consultaram sobre o tema e eu disse OK, mas disse, a palavra final é do senador Wellington Fagundes (PL) porque ele é o candidato. Ele foi consultado pelo Mauro Carvalho, que é o primeiro suplente, e estava ao meu lado, e ele deu o OK. Não tem nada além disso”, disse Mauro, durante culto ecumênico que marcou o início de sua campanha à reeleição.
Após a desistência de Diógenes, a chapa de Wellington passou a madrugada tentando encontrar um novo nome para a segunda suplência. Também nesta manhã, o primeiro suplente Mauro Carvalho (UNIÃO) disse que ainda não havia uma solução, mas que eles iriam manter o acordo com o PSB e que seria importante ter uma mulher nesta vaga.
Mauro, no entanto, afirmou que não participou de nenhuma conversa entre segunda e terça-feira. “Ontem eu tive um dia com muitas atribuições, acabei o dia às 23h, e não consegui falar com ele. Então até nem sei se aconteceu algum movimento de bastidor, talvez eu não esteja sabendo”, declarou.
Na última semana, o senador Wellington Fagundes, candidato à reeleição, afirmou à imprensa que aaliança de Mauro Mendes (União) com o PSB não passou por ele e apontou dificuldades em conciliar a situação, ainda mais com o pedido do governador para que o Partido Socialista Brasileiro indique o nome para ser segundo suplente da chapa do PL. O senador, que é declaradamente bolsonarista, não se mostrou muito contente com a aproximação, mesmo que estadual, do partido que nacionalmente está na chapa Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
Fagundes disse, na segunda-feira da semana passada (8), que não havia participado de nenhuma negociação nesse sentido (de aliança com o PSB) e que até o final da semana anterior, às vésperas do fechamento das convenções partidárias, não havia nenhum sinal nesse sentido. Além disso, argumentou que sempre buscou alianças consistentes e sólidas nas quais os eleitores pudessem ver a coerência.