Com votação surpreendente nas eleições de 2018, o deputado federal Nelson Barbudo vai contar com gorda doação do PL para sacramentar sua reeleição nas eleições de outubro. Quando ainda era apenas um polêmico youtuber, o parlamentar foi o mais votado em Mato Grosso e recebeu apenas R$ 20 mil do extinto PSL, partido que esteve filiado até o ano passado. Agora, em nova sigla, o bolsonarista já tem em sua conta o montante de R$ 1 milhão.

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O valor declarado foi repassado pelo diretório nacional do PL e é referente a quantia do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), também conhecido como Fundo Eleitoral ou Fundão. Em dezembro, Barbudo foi um dos únicos de Mato Grosso a votar contra o aumento de tal fundo. O reajuste havia sido vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a decisão do capitão da reserva acabou sendo revertida.

Ao Olhar Direto, o deputado afirmou que trabalha para se reeleger com a consciência de que integra uma chapa robusta. Para ele, o fato de possuir uma receita maior para esta campanha não o coloca em vantagem. Além disso, reforçou que o repasses dos recursos ocorreram dentro da legalidade.

"Não sou hipócrita, os recursos são legais, estão registrados, e o que vier nós vamos utilizar. Mas não há acirramento. Trabalhamos para eleger com certeza dois candidatos e, talvez, se os outros partidos não performarem tão bem, nós [do PL] e o MDB podemos fazer a terceira", afirmou.

Além do Fundo Eleitoral, o bolsonarista doou R$ 70 mil para a própria campanha deste ano. Há quatro anos, quando recebeu 126.249 votos, Barbudo acumulou 331,8 mil em doações, sendo que o repasse da legenda foi de apenas 6% de todo o dinheiro declarado.

O Fundo Eleitoral é repassado aos partidos em anos de eleições. O repasse foi criado pelo Congresso em 2017 após a decisão do Supremo, que, em 2015, proibiu o financiamento das campanhas por empresas privadas. Além do Fundo Eleitoral, os partidos também contam com o Fundo Partidário, que é distribuído anualmente para manutenção das atividades administrativas.