Operação conjunta da Polícia Federal com a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) descobriu uma célula criminosa voltada para compartilhamento de vídeos e notícias falsas contra o governador de Mato Grosso e candidato à reeleição, Mauro Mendes (UNIÃO), além de seus familiares.
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Deflagrada nesta quarta-feira (28), a Operação Misinform visa combater a pulverização desse tipo de conteúdo. Três pessoas foram conduzidas para delegacia.
Segundo informações da Polícia Federal, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma residência na cidade de Rondonópolis (216 km de Cuiabá).
No local, foi possível obter êxito e confirmar que há uma célula criminosa operando no intuito de desinformar o eleitor. Foram apreendidos inúmeros aparelhos celulares, computadores, chips e vídeos de cunho eleitoral.
Ainda segundo a PF, as três pessoas se apresentaram de forma espontânea para prestarem mais esclarecimentos na delegacia.
O delegado da PF em Rondonópolis, Otávio José Lima de Oliveira, destaca que a integração entre as duas instituições de Polícia Judiciária foi importante para chegar a esse resultado nesta ação de combate às fake news, especialmente no período de eleições.
“De forma célere, as instituições atuaram e tivemos êxito em confirmar o teor das investigações de que há uma ação criminosa operando no intuito de desinformar o eleitor neste pleito”, explicou o delegado responsável pela investigação na PF, acrescentando que três pessoas foram conduzidas de forma espontânea e serão ouvidas em Rondonópolis.
O delegado da DRCI, João Paulo Firpo, explica que as investigações tiveram início na DRCI para apuração de fake news e, após constatação de que se tratava de crime eleitoral, o conteúdo apurado foi enviado à Polícia Federal, que tem a competência por lei para investigar delitos dessa natureza.
O alvo do mandado de busca e apreensão, deferido pela Justiça Eleitoral em Rondonópolis, reside em um bairro nobre da cidade e na casa foram encontrados diversos materiais de cunho desinformativos direcionados à propagação de fake news.
“O alvo trabalha justamente com a divulgação de material de marketing para políticos e empresas, especialmente por meio do aplicativo WhatsApp. E essas ações conjuntas com a Polícia Federal têm sido bastante exitosas com o intuito de reprimir delitos praticados, sejam pelo ambiente da internet ou não. É uma somatória de forças das duas instituições para proporcionar segurança aos cidadãos, especialmente durante o período eleitoral”, pontuou o delegado titular da DRCI, Ruy Guilherme Peral.