A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), amenizou o fato de ter tido menos da metade dos votos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no primeiro turno em Mato Grosso. Derrotada na disputa pelo Governo estadual, a ex-candidata obteve 267.172 votos, enquanto o petista, apoiado por Márcia, 633.748 votos.

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Na avaliação de Márcia, a diferença é resultado da falta de tempo que teve para fazer campanha. O nome da primeira-dama só foi confirmado um dia antes do fim do prazo das convenções partidárias. Durante a campanha, de 35 dias, visitou apenas 13 municípios.

“Tive 35 dias de campanha, fui a apenas 13 municípios. Não tive nem a chance que o estado todo me conhecesse, talvez tenha sido o motivo, Lula já foi presidente e tem uma forte militância”, afirmou.

Além do pouco tempo de campanha, Márcia demorou para ‘abraçar’ a candidatura de Lula, apesar de ser a candidata da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). Só nas últimas semanas ela passou a vincular sua imagem ao petista, que gravou vídeo usado nos programas eleitorais da primeira-dama.

Agora, neste segundo turno, Márcia tem participado de algumas agendas de campanha pró-Lula e acredita na vitória do petista contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Neste sentido, faz críticas ao rival Mauro Mendes (União). Afirma que o governador não pediu votos a Bolsonaro no primeiro turno, apesar do apoio do PL à sua candidatura. A primeira-dama ainda coloca em duvida o real apoio do chefe do Executivo ao capitão da reserva nesta fase do pleito eleitoral.

“No primeiro turno, Mauro não pediu voto para Bolsonaro em seus programas ou entrevistas. Encampou no segundo turno e parece que não se decidiu em quem votar, pois já disse que tanto faz quem vai ganhar, pois os dois serão bons para Mato Grosso. Fica difícil avaliar uma situação dessa”, pontuou.