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INCONFORMADOS COM AS URNAS

Mauro pede tolerância com manifestantes e teme conflitos violentos como no Pará

07 Nov 2022 - 17:47

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Mauro pede tolerância com manifestantes e teme conflitos violentos como no Pará
Complacente com as manifestações de bolsonaristas inconformados com o resultado das urnas, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que é preciso ter paciência e tolerância com os manifestantes que ocupam estradas e a frente de batalhões do Exército em Mato Grosso. O gestor afirma que é preciso tratar o tema com cuidado, para que não haja caso de confrontos violentos como visto em Novo Progresso, no Pará, na tarde desta segunda-feira (07).


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“Você viu o que aconteceu hoje lá no Pará? É isso que gostaria que acontece em Mato Grosso? Usar métodos excessivos, não tiver um pouco de tolerância, pode desencadear (confrontos). Eu desaprovo qualquer tipo de cerceamento, mas o Estado vai procurar resolver isso com um pouco de diálogo, até um certo limite, para que não tenhamos explosão de conflitos dentro de Mato Grosso”, afirmou, durante evento no Tribunal de Justiça nesta tarde.

Mauro pediu tolerância até mesmo com o fato de muito dos manifestantes estarem conclamando a “intervenção federal” e o golpe militar. Segundo o governador, as palavras de ordem são apenas manifestações pacíficas.

“Mesmo que as pessoas estejam falando coisas sem amparo no arcabouço jurídico brasileiro, tem que respeitar, desde que fique em palavras. Temos que ter um pouco de tolerância nesse momento, a intolerância pode levar nosso país a resultados que a história nos mostrou que não são muito bons. Pouquinho de paciência, de capacidade de ouvir e dialogar é a receita correta para superar esse momento delicado na nossa trajetória política”, declarou.

O governador reforçou posicionamento do secretário estadual de Segurança, Alexandre Bustamante, quanto a utilização de agentes das Forças Nacionais de Segurança, como foi ofertado pelo governo federal. Disse que irá solicitar apoio caso seja necessário.

“Fico feliz que o governo federal está se dispondo a fazer esse tipo de ajuda. Se precisarmos, seguramente, vamos acionar, mas até o presente momento não tem nada que esteja acontecendo ou que possa acontecer não possa ser controlado ou administrado pelas nossas forças de segurança”, disse.

Fechamento comércio

Mauro também minimizou os impactos trazidos pelo fechamento de estabelecimentos comerciais na Capital e em alguns municípios. Tratou como direito do comerciante de se manifestar.

“Não abrir as portas é um direito que cada cidadão tem. Se qualquer cidadão amanhecer um dia e não quiser trabalhar, ele não vai. Obviamente traz as consequências, o comércio pode ficar um dia paralisado, dois dias, mas se ficar mais do que isso vai trazer consequências. É uma manifestação livre e democrática que cada um pode fazer. Não abrir as portas é uma autonomia de quem tem comércio, mas isso foi a grande minoria. A grande maioria mantém sua atividade normalmente”, disse.

Confronto no Pará

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) atacaram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Novo Progresso. Houve disparos de armas de fogo, mas o atirador não foi identificado.

Viaturas da PRF foram atacadas por manifestantes que mantêm bloqueio na BR-163. Uma criança sofreu intoxicação pelo uso de gás, lançado pelos policiais contra o bloqueio, e precisou ser socorrida. Um agente foi ferido pelos manifestantes.
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