Durante sua participação na COP-27, em Sharm El-Sheikh (Egito), o governador Mauro Mendes indicou estar disposto a trabalhar junto ao novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia. Apoiador do presidente derrotado, Jair Bolsonaro (PL), o gestor disse esperar que o petista tenha apoio de todos os 27 governadores durante seu mandato.

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Dos governadores eleitos e reeleitos nas eleições deste ano, Lula teve apoio de apenas dez.

“Eleição terminou. Quando ganhei a eleição, 15 prefeitos me apoiaram, nesta eu tive apoio de 140 prefeitos, dos 141, espero que daqui há um tempo o presidente Lula possa ter apoio de todos, vai ser sinal que vai governar para todos e não apenas para aqueles que o elegeram”, disse, durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira (14).

Ainda na coletiva, Mauro pontuou que quando alguém se elege para um cargo público, a Constituição e a legalidade passam a ser a grande baliza.

“No nosso país nós temos o Código florestal, aprovada há quase uma década que é, sem dúvida alguma, uma das leis ambientais mais protecionistas no planeta. Se já temos isso, minha baliza nesse diálogo com o presidente Lula, será o Código Florestal brasileiro. Qualquer brasileiro tem o direito de discutir mudanças nas leis, porém, como governador, tenho usado milimetricamente aquilo que está no Código Florestal e assim que vou conduzir minha relação e diálogo com o governo federal”, completou.

Mauro fez a declaração ao lado do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), que também apoiou Bolsonaro. Ambos participam do consórcio interestadual da Amazônia Legal, que tem um hub próprio na COP-27. Na quarta-feira (16) o espaço terá a presença de Lula, que receberá uma carta dos governadores da região. O documento está em fase de finalização.

“Essa carta vai trazer, em linhas gerais, uma proposta de uma visão que possa representar esse novo momento que o Brasil vai viver, mas, acima de tudo, que possa garantir o respeito à Amazônia e a todos nós que vivemos naquela parte do país. Preservar nós queremos, mas queremos também que o povo da Amazônia possa ter o direito de continuar crescendo e se desenvolvendo”, disse o governador do Mato Grosso.