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Bloqueios nas estradas

Superintendente da PRF diz que escalada de violência em protestos não será aceita e enfrentamento será acentuado

21 Nov 2022 - 11:43

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

Foto: Max Aguiar / Olhar Direto

Superintendente da PRF

Superintendente da PRF

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Francisco Lucena afirmou que a escalada de violência que tem acontecido nos protestos realizados nas rodovias desde a última quinta-feira (17) não será tolerada, e o enfrentamento passará a ser mais acentuado, com prisões, se necessário. A expectativa é que sejam feitos desbloqueios em Lucas do Rio Verde nesta segunda-feira (21).


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Segundo Francisco, as manifestações vinham acontecendo de forma pacífica, mas a situação mudo na última semana. Com isso, na sexta-feira a PRF se reuniu para reprogramar a atuação. “Nós temos hoje aproximadamente a Polícia Rodoviária tem quinhentos e poucos policiais, está recebendo um incremento, só de especialidade, [de] mais de cem policiais. A polícia rodoviária já gastou nessa operação mais de três milhões de reais”, afirmou à imprensa.

A Polícia Rodoviária receberá também apoio de outras forças de segurança como a Polícia Militar. O superintendente se reuniu, na manhã desta segunda-feira, com o governador em exercício Otaviano Pivetta e o coronel da Polícia Militar Wilker Soares Sodré, subchefe de Estado-Maior Geral da Polícia Militar de Mato Grosso.

“Está sendo feito tanto pelas polícias estaduais, está sendo feito tanto pelas polícias federais e hoje eu consigo dizer aos senhores: estamos preparados pra fazer um enfrentamento mais acentuado estruturado, tanto com prisões, desbloqueios, manutenções, encaminhamento de todas as informações para os órgãos competentes. Nosso objetivo aqui é informar a todos: ninguém está acima da lei. Estamos trabalhando de uma forma impessoal. Estamos trabalhando de uma forma constante”, garantiu Francisco.

“Temos as limitações que o estado é um estado que tem uma dimensão territorial, isso dificulta um pouco, mas as pessoas fiquem tranquilas. Nós iremos trabalhar e debelar qualquer tipo de bloqueio. Faremos os encaminhamentos das pessoas que estão escalonando essa violência. Isso nós não admitimos e reafirmo: ninguém está acima da lei. Forças de segurança estão trabalhando tanto na parte judiciária como também na parte operacional pra fazer esse enfrentamento”, completou o superintendente.

Ainda não há um prazo para que os desbloqueios aconteçam, mas os trabalhos já vem sendo realizados, e houve desobstruções em Rondonópolis e Sinop, por exemplo. Segundo Francisco, mais de cem pessoas foram encaminhadas para investigação e processadas, e 14 foram presas, além de mais de R$ 3 milhões em multas aplicadas. A tropa de choque também atuou em quatro situações.

“Nós temos a preocupação, [porque] a maioria dos bloqueios fortes estão dentro do município, a Polícia Rodoviária não tem capacidade de coibir essa retroalimentação de logística, então a polícia está também acionando as prefeituras. Todos nós temos responsabilidade, desde o municipal, estadual e federal. Estamos aqui em prol do país, especialmente trazendo a ordem e o direito de ir e vir das pessoas”, adicionou Francisco.

Manifestações antidemocráticas

O número de trechos de rodovias com bloqueios ou interdição parcial subiu para 17 em Mato Grosso, de acordo com boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado na manhã desta segunda-feira (20). Os manifestantes não aceitam o resultado das eleições presidenciais de 30 de outubro, quando o ex-presidente Lula (PT), derrotou nas urnas o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de questionarem o resultado das eleições, eles também pedem por intervenção federal e voltaram a bloquear as rodovias na última sexta-feira (18). Trechos da BR-163 e da BR-174 concentram o maior número de bloqueios e interdições. O km 485 da BR-174, em Comodoro, é um dos que estão com bloqueio total para veículos. A PRF também recebeu registro de presença de indígenas no trecho, mas não informou se eles fazem parte das manifestações antidemocráticas.

Ainda na BR-174, estão há interdição parcial no km 380, em Conquista d'Oeste, e interdição total para veículos de carga no km 99, em Cáceres. No km 288, em Pontes e Lacerdas, o trânsito está fluindo, mas caminhões seguem estacionados às margens da rodovia. Na BR-163 o km 598, em Nova Mutum, tem interdição parcial. Nokm 691, em Lucas do Rio Verde, está totalmente bloqueado.

No km 834, em Sinop, a pista foi obstruída com carga e a passagem está fluindo apenas por um dos sentidos. No km 810 na mesma cidade a via foi liberada, mas manifestantes estão às margens da rodovia, assim como no km 986, em Terra Nova do Norte. Também há presença de participantes dos protestos no km 753, em Sorriso. Eles estão às margens da rodovia e o fluxo de veículos segue normal.

A BR-364 tem três trechos com bloqueio total, em Campo Novo do Parecis (km 877), Sapezal (km 1125) e Campos de Júlio (km 1176). No km 614, em Diamantino, a passagem está liberada apenas para carros pequenos. Já a BR-158 tem um trecho com bloqueio total no km 565, em Água Boa. O trânsito está sendo desviado na região. Em Confresa (km 139) e Vila Rica (km 35) a interdição é parcial, sendo permitida a passagem de carros pequenos. 
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