O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que vê com preocupação a escalada de violência dos atos e manifestações que pedem "intervenção Federal". O chefe do Executivo municipal disse que no âmbito da Capital está tomando todas as medidas competentes, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). As declarações foram dadas durante inauguração de centro comunitário Davino Mário de Arruda, no Jardim Cuiabá, na noite dessa quarta-feira (22).

De acordo com o prefeito, o cidadão pode defender o que quiser, mas não pode partir para a violência e o vandalismo. "No que compete a prefeitura estamos de olho. O direito a manifestação é sagrado - desde de que seja pacífico e que respeite o próximo", comentou Emanuel.

Contudo o gestor explicou que as forças de segurança precisam garantir a ordem em casos de exageros. "Isso não pode descambar para a violência, não pode ter violência, nem desordem. Caso contrário as forças de segurança tem que agir e isso é do Estado Democrático de Direito", concluiu.

O questionamento foi feito após a escalada de violência dos atos antidemocráticos registrados nas rodovias de Mato Grosso. No estado, o ápice iniciou-se na noite de sábado (19), um grupo armado de dez homens invadiu, atirou e ateou fogo em caminhões na base da concessionária Rota do Oeste, em Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá).

Na noite de domingo (20), em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), dois caminhões estacionados tiveram os para-brisas atingidos por tiros, em um posto de combustíveis, às margens da BR-163, na zona urbana da cidade. 

Além disso, ainda no estado os apoiadores dos atos atiraram contra o para-brisa de um ônibus de viagem da empresa Satélite, na noite de terça-feira (21), na região de Sapezal-MT.

Em Cuiabá, não há bloqueios nas rodovias, mas famílias e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estão acampados na frente do quartel das Forças Armadas na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).