O presidente do Republicanos em Mato Grosso, ex-deputado federal Adilton Sachetti, chamou de “teatro” o anúncio feito pela Executiva Nacional do partido de que não fará oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. Apesar de alegar não ter sido consultado, o mato-grossense defendeu a independência da sigla.

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“Aquilo foi um teatro, porque não tivemos nenhuma reunião com os diretórios estaduais, eu pelo menos não fui consultado. Embora eu ache que o partido realmente deva estar independente, porque não concordo em fazer oposição por oposição, é preciso votar a favor do que for bom pro Brasil, é importa que fique claro que somos totalmente contra esse governo”, defendeu Sachetti.

Em nota, o Republicanos disse que decidiu, por unanimidade, atuar de forma independente, “sem se negar ao diálogo e à colaboração” com o PT. A sigla abriga importantes aliados de Jair Bolsonaro (PL), como a senadora eleita e ex-ministra Damares Alves (DF); o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas; e o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (RS), além do filho do atual presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. Em Mato Grosso, é do partido também o vice-governador Otaviano Pivetta.

Até o momento, a base de apoio a Lula é formada por partidos que fizeram coligação com o PT durante as eleições. O PDT e o Cidadania anunciaram apoio no segundo turno. Políticos do MDB e PSD integram a equipe do governo de transição e as siglas podem vir a compor o Governo.

Além do Republicanos, o PSDB também indicou que deve adotar posição de independência em relação ao governo eleito. Novo e PL serão oposição.