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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Jovens do PT detidos na frente de quartel dizem que ficaram presos por 1 hora em viatura fechada: "não estava conseguindo respirar"

Foto: Reprodução

Jovens do PT detidos na frente de quartel dizem que ficaram presos por 1 hora em viatura fechada:
Membro da Juventude do PT e estudante da UFMT, Clarinda Castro, contou que ela e o amigo, Denilson Darc, ficaram presos durante uma hora dentro da viatura da Polícia Militar após prisão no início da noite dessa segunda-feira (12), em frente a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, na avenida do CPA, em Cuiabá. 


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A confusão começou quando Denilson foi visto filmando dois policiais militares que comiam na manifestação antidemocrática junto com os participantes. Um deles abordou o jovem e, em seguida, teria dito ao militar que Denilson estava fazendo vídeo para ridicularizar os policiais. 

"Os dois policiais também chegaram até nós. Esse mesmo bolsonarista que fez ameaças chegou de conversar com os policiais, junto com outros manifestantes, inventaram uma mentira, dizendo que estávamos xingando os policiais de otários. Coisa que não aconteceu em momento nenhum". 

Para Denilson, ele e Clarinda foram vítimas de abuso de poder. O jovem contou que foi revistado e teve os documentos pessoais checados mas, mesmo assim, foi informado que seria detido. 

"Temos entendimento de que não cometemos crime nenhum, o que aconteceu com a gente foi abuso de poder, de fato. De início a Clarinda não seria conduzida, apenas eu. A Clarinda, então, se colocou para acompanhar como testemunha". 

Denilson contou, ainda, que os bolsonaristas pesquisaram o nome dele na internet e descobriram que ele é filiado ao PT. 

"Ele mostra para o policial, diz que sou figurinha carimbada, que sou PT, que era a favor do 'homossexualismo'. Começaram com as ideias doentias de bolsonaristas. Questionei ele sobre o problema de ter filiação partidária. Eu tenho esse direito". 

Manifestantes estavam alterados 

De acordo com a jovem, a situação no local começou a "inflamar" e manifestantes faziam pressão para que os dois fossem detidos. Ela contou que eles estavam xingando, filmando e dando risada. Um dos participantes do ato antidemocrático seria testemunha da situação, mas se negou a sentar ao lado de Clarinda dentro da viatura. 

Um dos PMs, então, pediu que a jovem fosse dentro do camburão com Denilson. Para Clarinda, a situação foi humilhante. 

"Perguntei o motivo, o policial me olhou com uma cara assustadora e falou para eu entrar. Ele pegou no meu braço, acabou deixando uma marca, pegou muito forte. Não resisti e entrei na viatura. Fomos levados para a delegacia. Quando entramos no camburão, os policiais pegaram todos os nossos pertences. Colocaram o bolsonarista que era testemunha com os nossos pertences ao lado dele. Foi uma situação muito humilhante". 

Os universitários foram levados para a delegacia e receberam ajuda de uma mulher que passou pelo local. Ela também tentou questionar os policiais sobre o motivo da prisão, explicou Clarinda, e decidiu acompanhar a viatura de moto. 

Ela contou que, assim que chegaram na delegacia, os policiais deixaram ela e Denilson presos dentro da viatura com os vidros fechados. Um vídeo feito pela testemunha mostra os jovens dentro do veículo.

"Eles não tiveram o mínimo de respeito. Deixaram a gente no camburão, fecharam todas as portas, não deixaram nenhuma ventilação. Ficamos por mais de uma hora sem nenhum tipo de ventilação, começamos a passar mal. Meu corpo ficou muito mole porque não estava conseguindo respirar. Foi assim até nossos advogados chegarem". 

Secretário estadual da Juventude PT-MT, Denilson explica que por volta das 17h, ele e Clarinda iam para faculdade e foram ao ponto de ônibus perto de casa, que também fica próximo do Exército, onde acontece protesto antidemocrático contra vitória nas urnas do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). 

“Chegando no local, decidimos fazer uma filmagem para mostrar a dificuldade que temos para pegar ônibus naquele ponto, pois os mesmos manifestantes muitas vezes ocupam o ponto nos obrigando aguarda no meio da rua entre eles”, relata o universitário. 

No Cisc, Denilson e Clarinda prestaram depoimento e depois foram liberadas. Advogadas do deputado estadual Valdir Barranco e da deputada federal Rosa Neide, Jenyffer Rodrigues e Soray Bagio, respectivamente, estão acompanhando o caso.

Veja os vídeos:



 
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